sábado, 30 de março de 2013

Pascoa

A Pascoa é a data máxima no Calendário Catolico.Já escrevi sobre suas raizes judaicas, onde o Povo Hebreu celebra seu Pessach ,que é a libertação .Passam da escravidão para a liberdade e o mar se abre´para que essa passagem(Pessach) seja possivel.Deus ou D'us ,em na sua infinita misericordia liberta sempre e nós temos nossa trajetória .Em nossas vidas .
Comemorar a Pascoa é relembrar da nossa essencia humana, falivel, vulneravel.É encarar a morte do nosso Ego.Quantas vezes precisamos deixar que esse Ego seja sacrificado para o bem dos que amamos?
Quanto de nossos pensamentos deixam escapar a verdade da proposta de vida de cada um?
Essa é a Pascoa!A realidade que enfrentamos dia à dia, na lucidez de um comportamento com metas retas!
Celebrar a Pascoa e ver que lá longe,no Egito os humanos já eram distraidos e ficavam adorando o Bezerro de Ouro enquanto Moises orava.
Mais tarde nosso caminho é pavimentado por Jesus .Pavimentado,para podermos passar.Tal qual o mar dos Hebreus.E muitos se encontram distraidos.
A história nos mostra um Deus que se fez homem, para  nos salvar .Nos libertar .De que?De tudo que pode se tornar escravidão.De tudo que oprime,escreviza,tire nossa essencia.
O jejum é de coração,onde nossos sentimentos de perda e depois de vitória se encaixam na palavra :Ressurreição!
Celebremos !
Pequenos gestos,grandes abraços,muito amor.
Que possamos estender por nosso ano estes ensinamentos de Passagem.
Que seja  focado o Milagre de Amor!
Ontem, Hoje e Sempre!
Feliz Pascoa!!

segunda-feira, 18 de março de 2013

sábado, 16 de março de 2013

Quase 50 anos Depois

Sou uma contadora de histórias,não pretendo ser poetisa ou escritora.Conto apenas, como em conversa na mesa de um café falamos de momentos que trazem boas imagens e aquecem o coração.
Sou uma mulher menina, uma menina mulher.De quando em quando me deparo com uma elas e rio sòzinha de fatos e relatos.
Pois bem há quase 50 anos atras,1964,namorava um vizinho de predio e meu pai achava muito cedo para um compromisso tão serio. Porque sempre fui muito decidida e o medo era que de repente resolvesse casar.
Apesar de estar na adolescencia e isso como dizem ,aborrecentes dão trabalho, ele não se conteve e comprou uma viagem longa para Europa.Obviamente queria desviar minha atenção .Saimos pois no dia 10 de Março de 1964 no Cabo San Roque para Lisboa.Naquele tempo viajar de navio era muito chique, as malas numerosas, uma verdadeira aventura Os preparativos..Vison, jóias,um exagero!
Os amigos e parentes iam levar, um Bota Fora gigante,lotando o bar e fazendo das gargalhadas e piadas um acontecimento.Hoje não se pode entrar nos navios e dou razão à eles.Era um transtorno aquela festa!
O apito do navio que até hoje me emociona selava a minha separação do cotidiano, da Escola São Domingos, dos encontros com o namorado e as turminhas.
Enfim,ao mesmo tempo que a costa se afastava,tambem as amarras,a rotina.Agora a fantasia começava.
Noites de gala,roupas lindas,musica,muita alegria e um mundo se colocava à minha frente.
Foi facil fazer amizades.Os argentinos ,Muy Amables se encantaram comigo e até hoje preservo Ines como uma joia daquele tempo.Lembro de sua mãe linda,De Guilhermina,de outras que já não vejo mais.
Nossa mesa era o palco de conversas animadas,regadas à bom vinho e assim conhecemos Angelita Navarro de Andrade viuva de Edmundo Navarro de Andrade celebre agronomo brasileiro responsavel pela introdução do eucalipto no Brasil e um dos nomes mais conceituados da Companhia de Estradas De Ferro.
Acho que a história deles dá um livro, mas como não temos espaço, conto apenas que este ilustre brasileiro,estudante em Coimbra foi à Espanha e se apaixonou perdidamente por aqueles olhos azuis que pareciam duas pedras preciosas.Muito autoritaria,ela dava ordens e pela primeira vez vi meu pai obedecer:Verinha va desfilar para la Boutique!!E assim foi!
Ela era de uma elegancia incrivel, com longas unhas vermelhas,cabelos grisalhos e maquiada todo tempo.
De Sevilha, visitava seus parentes todos os anos assim.
Disse-me que seria minha madrinha de casamento e eu achei graça,pois tinha 85 na época.E foi mesmo!!
Sua casa em Rio Claro é um lindo museu onde registra a jornada heroica deste casal incrivel.
D.Julia, fazendeira de Taquaritinga sentava conosco muitas vezes e com dinheiro de goiabada fazia sua viagem sossegada.
No meio de tantas surpresas e acontecimentos fui eleita Rainha do Equador para desespero de meu pai.
Precisaram dar à ele um cargo para batizar com clara de ovos os novos que passavam pela linha do Equador, para acalma-lo.
Papai era muito bravo ,mas a maioria venceu.Noites de lua cheia,ar de maresia, som de orquestra,poesia.
Lopes e a esposa se mudavam para Lisboa com Ricardinho pequeno e ela,Georgenete,gravida,andando no convés.
Desta turma animada,poucos restaram.E foi a mesma na volta no dia 29 de Junho.
Enfim, quase 50 anos depois vejo a chamada do Splendour of  The Seas para a travessia do Atlantico! E uma emoção forte bate e traz um lindo filme rodado naqueles tempos que não voltam mais!

sábado, 2 de março de 2013

Entre o falar e o agir

 Pensando nas nossas incoerencias diarias, onde falamos muito e agimos pouco,reflito.Alguns se sentem perfeitos, donos da verdade, mas a verdade é tão dificil de ser diagnosticada.Cada angulo que vemos parece um lado certo.
Nesta semana recebi um e-mail sobre Alexandre O Grande e seus 3 ultimos desejos.Ao morrer, queria ser carregado por médicos, para que eles sentissem o quanto a medicina era falha,passaria por tesouros espalhados no chão, mostrando que eles nada significavam diante da morte ,e suas mãos estariam balançando fora do caixão para mostrar que vamos de mãos vazias.A morte é mesmo implacavel e ele desejava mostrar como somos pequenos.Respondi o E- mail dizendo:é verdade. Tudo nosso é emprestado.Acho que o Universo ouviu !E quiz uma prova .
De falar ao agir uma boa distancia deve ser considerada e sou lucida o bastante para saber quando falho
E me vi então pega de surpresa com uma situação inusitada na minha vida,mas comum na minha cidade.Posso chamar de roubo?Ou irei presa denunciada por calunia?
O fato é que de repente me vejo sem algumas jóias que foram de minha mãe e desenhadas por meu pai.Assustada,sem chão ou previsão,fiquei pálida, literalmente como se diz na giria popular:Fiquei Bege!
Ao mesmo tempo que vinha na minha mente a afirmação que tudo nosso é emprestado, me senti uma pessoa  enganada.Alexandre o Grande não era meu parente.Posso dizer que minhas pernas amoleceram e fiquei assustada com a probabilidade de ter alguem que pode me atingir tanto e tão bem.Lembrei  das palavras de Shinyashiki que afirma que 3 forças regem nossas vidas:A primeira-Confio em Deus.Ele cuida de mim.
Segunda-Acredito e confio nas pessoas.Ao ser boa receberei bondade.
Terceiro-Confio em mim mesmo.Nesta confiança onde o medo não habita.
Adoro esses pensamentos e creio que parece mais com meu perfil.
E portanto na  Confiança em mim,repassei o meu acreditar no outro.Sem chaves para demonstrar o quanto minha vida é transparente,deixei a oportunidade fazer seu espetaculo devastador.
Sonhei então com aquelas mãos de Alexandre o Grande sem nada, penduradas!
Céus!Horrivel!!
Quero as minhas para dentro.Se possivel com algum anel, como fiz com mamãe.
Entre Shinyashiki e seus 3 lemas e Alexandre O Grande com seus 3 desejos fico com o primeiro.
Nem santa nem louca, mas uma pessoa que existe no sua essencia com dores e amores, falhas e acertos.
Sim hoje amanheci acreditando que sou Normal!!
Que o que é meu´me pertence!!