2011 termina e com ele vamos refletindo como o tempo passa depressa,quais conquistas tivemos e quais foram nossos limites.Enfrentamos nosso dia à dia procurando o melhor,mas na verdade foi o tempo que nos fez melhor.
Todos os fatos de nossa caminhada que fizeram encontros conosco e com o próximo.
Muitos resgates,onde as emoções se fizeram ver no nosso olhar curioso.
Muitos olhares dirigidos ao nosso mundo pessoal ,ao presente que foi um presente.
Para mim,foi uma serie de novidades no meio da corrida do tempo.
Ganhei uma neta,Maria Luiza,participei da entrega do premio de meu neto Andre,onde por sua arte nos fez felizes e por sua modestia nos comoveu.Vi meu filho se casar.Portanto ganhei uma nora.Ganhei tambem o convivio de todos juntos.
Revi amigas e perambulei pela mágica Miami com muito entusiasmo apesar das dificuldades da coluna.Fui presenteada com um especial aniversário,onde reafirmei a frase"Amigas Para Sempre" Enfim,fiz parte de um livro!"Nós Mulheres" veio na sua 10 edição me fascinar com seu grupo, suas escritoras e colaboradoras.Sua criadora!Silvia.
Quatro anos atras desejei editar meu livro com 60 poesias.Era muito caro e desisti.
Agora,na ciranda da vida,fui convidada e de repente,eu leitora passei à ser lida.
Os reflexos desta história não terminam aí.Conseguimos elos que foram formados do acaso nos dando oportunidades de riso,descobertas e amizades sinceras.
Nos passos dados,o cansaço se desfez pela aventura do viver.
Abrindo espaços para a felicidade entrar,agradecemos ao ano que elegante se despede e abraçamos este que se aproxima.
Que 2012 nos abrace complacente e criativo,nos dando a possibilidade de reinventar,rever,ser,amar,cantar a sua nova melodia.
Que nos ensine com sabedoria como caminhar .
Que possamos ver o reflexo de nossas atitudes com lucidez,para corrigir o que não traz serenidade e lutar pelos sonhos .
Que os sonhos se tornem realidade!
Feliz nascimento 2012!
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
120 anos de Avenida Paulista
Fiquei emocionada com a festa da Paulista,nossa avenida que cresceu, mudou o visual e se transformou na passarela da correria.
Lembro que meus pais namoravam no Trianon. Estudei No jardim Escola São Paulo bem de frente ao São Luiz.Para minha surpresa conheci uma pessoa que lembrava como eu, que tinhamos um guarda para nos atravessar e que o nome era Alexandre.
Hoje tenho um filho com esse nome que trabalha na Paulista.E atravessa varias vezes a passarela.
Mas a mudança vem vindo desde os tempos de minha avó, que lá morou.
Ao sair da casa escreveu essa poesia que colocarei com a ortografia daqueles tempos
Agora que eu tenho que deixar-te
É que chego a compreender quanto te quero
Casa velha da Avenida:ao
fitar-te
Sinto invadir-me um pesar sincero
Eu tenho que deixar-te .Mas o afeto
Com reconhecimento do carinho
Com que me agasalhastes em teu tecto
Seguir-me há por todo meu caminho
E quando lá na curva da existencia
Pela estrada que por mim foi perorrida
Avistarei entre as ramas floridas
O vulto protetor da grande amiga
Da boa e velha casa da Avenida
Como vemos havia muitas flores e jardins!
Ela passou depois disso 18 anos sem andar, numa cadeira de rodas .Como naquele tempo cadeirante não tinha espaço,ficou sem ver sua Avenida querida.
Eu já começava andar e pegava sua mão:Venha vovó dandá!De fato ela ficou curada depois de analise com DR. Paulo Arruda.Minha doce avó foi então para ver a Paulista.
A susto foi grande!O movimento e as mulheres sem chapeu !Voltou dizendo;elas andam com bobs na cabeça!Um horror!
Felizmente nossas mulheres hoje estão produzidas e entre um passo e outro vemos o universo das diferenças se integrando,se misturando,como tudo em nossa cidade.
Mas é lúdico lembrar do Fasano,onde bebericando na calçada em uma tarde morna se podia observar a Avenida.
A mesma que vovó sonhou
Que transcrevo com carinho
Agradecendo esse DNA que me faz escrever e esquecer.Vibrar e sonhar.Exagerar e me emocionar. Sentir que posso deixar marcas e pegadas pela estrada percorrida, como dizia ela.
O titulo deste verso é Homenagem ,mas faço dele a minha, para esta criança pura que foi vovó e feliz em ter sua voz firme declamando no video que Ricardo fez.
Já idosa, na chacara com a cabecinha branca, cabelos curtos,romantica e realista.
A poesia:O Cisne,de Julio Salusse:Que o cisne vivo, cheio de saudade, nunca mais cante, nem sòzinho nade,nem nade nunca ao lado de outro cisne...
Dia 13 na Livraria da Vila cada vez que escrever meu nome,vovó e mamãe estarão unidas
comigo.
Lembro que meus pais namoravam no Trianon. Estudei No jardim Escola São Paulo bem de frente ao São Luiz.Para minha surpresa conheci uma pessoa que lembrava como eu, que tinhamos um guarda para nos atravessar e que o nome era Alexandre.
Hoje tenho um filho com esse nome que trabalha na Paulista.E atravessa varias vezes a passarela.
Mas a mudança vem vindo desde os tempos de minha avó, que lá morou.
Ao sair da casa escreveu essa poesia que colocarei com a ortografia daqueles tempos
Agora que eu tenho que deixar-te
É que chego a compreender quanto te quero
Casa velha da Avenida:ao
fitar-te
Sinto invadir-me um pesar sincero
Eu tenho que deixar-te .Mas o afeto
Com reconhecimento do carinho
Com que me agasalhastes em teu tecto
Seguir-me há por todo meu caminho
E quando lá na curva da existencia
Pela estrada que por mim foi perorrida
Avistarei entre as ramas floridas
O vulto protetor da grande amiga
Da boa e velha casa da Avenida
Como vemos havia muitas flores e jardins!
Ela passou depois disso 18 anos sem andar, numa cadeira de rodas .Como naquele tempo cadeirante não tinha espaço,ficou sem ver sua Avenida querida.
Eu já começava andar e pegava sua mão:Venha vovó dandá!De fato ela ficou curada depois de analise com DR. Paulo Arruda.Minha doce avó foi então para ver a Paulista.
A susto foi grande!O movimento e as mulheres sem chapeu !Voltou dizendo;elas andam com bobs na cabeça!Um horror!
Felizmente nossas mulheres hoje estão produzidas e entre um passo e outro vemos o universo das diferenças se integrando,se misturando,como tudo em nossa cidade.
Mas é lúdico lembrar do Fasano,onde bebericando na calçada em uma tarde morna se podia observar a Avenida.
A mesma que vovó sonhou
Que transcrevo com carinho
Agradecendo esse DNA que me faz escrever e esquecer.Vibrar e sonhar.Exagerar e me emocionar. Sentir que posso deixar marcas e pegadas pela estrada percorrida, como dizia ela.
O titulo deste verso é Homenagem ,mas faço dele a minha, para esta criança pura que foi vovó e feliz em ter sua voz firme declamando no video que Ricardo fez.
Já idosa, na chacara com a cabecinha branca, cabelos curtos,romantica e realista.
A poesia:O Cisne,de Julio Salusse:Que o cisne vivo, cheio de saudade, nunca mais cante, nem sòzinho nade,nem nade nunca ao lado de outro cisne...
Dia 13 na Livraria da Vila cada vez que escrever meu nome,vovó e mamãe estarão unidas
comigo.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Nós Mulheres
Hoje fui supreendida por um convite do livro Nós Mulheres.Décimo aniversário.
Abri e lá estava meu nome.
Fiquei emocionada,surpresa e feliz.Havia escrito um texto, que não me pareceu consistente.Fui viajar e na volta terminei.Mandei então para a editora.
O tempo passou, não sabia o que havia acontecido.Esqueci.
No momento que abri e vi a capa revi minha mãe com seus escritos,suas poesias.
Ela era uma escritora.Eu sou apenas uma contadora de histórias.
Ainda ontem,estava na Sala São Paulo,rodeada de pessoas que escrevem e de admiradores pela leitura.Minha amiga Rosa recebia então dois premios pelos seus livros de Culinária,ou seja História da Culinária.
Aquela atmosfera onde reinava o respeito ás letras me deu uma emoção inacreditavel.
Assim ,neste clima de sintonia com um todo bastante enriquecedor que nos leva à descoberta,minha sensação de satisfação cresceu.
Uma alegria imensa ao ver aquela capa.
Minha mãe desejava muito editar um livro e ao completar 70 anos consegui reunir muitas poesias suas e formar um livro que dei para cada convidado de sua festa.
Parece que vejo sua surpresa ao entrar no quintal transformado,com mesas e violetas por toda parte.Suely no teclado tocando "Carmen".As pessoas queridas se confraternizando e ela se surpreendendo com o exemplar de seu talento.
Foi tudo feito com muito carinho,muita pressa como sempre foi minha vida.
Entre idas e vindas com os filhos ,a casa,a chacara e muitas ocupações consegui mandar para uma jovem entusiasta que fez um trabalho de gráfica.A capa era com o titulo.Mamãe sempre foi muito crítica e ao olhar aquele meu esforço para agrada-la disse;Eu queria uma capa!
Eu sei mamãe.Tenho o desenho. Mas, foi impossivel de preparar tambem isso!
A capa era um rosto de mulher pela metade.
Bem ,suas poesias eram lindas e com a luz que elas refletiam apagaram meu erro .
Todos receberam um livro e ela aparentemente feliz não falou mais no assunto.
Comecei á escrever muito cedo,tinha meus 15 anos.
Fazia poesia, prosa,texto.
Na minha fase mais inspirada escrevi umas 60.Sò sobre o amor.Era uma mulher madura.
Pode ser que um dia leia e pense que tudo é muito louco ou pode ser que um dia edite.
Era uma época que acordava às 5 horas da manhã para escrever.Enquanto não colocava tudo que vinha na alma não conseguia dormir.Meu espirito inquieto se acalmava com o papel e a caneta.Mamãe escrevia pedacinhos de papel e deixava para acabar no dia seguinte.Se correspondia com grandes escritores e lia sem parar.
Eu não tive tempo.O relógio da vida me esperava como se fosse um despertador estridente.
Quando ela se foi o relógio parou de funcionar com tanta exigencia e pude então refletir,dizer o que sentia,abrir as janelas que estavam fechadas e as portas que pareciam entreabertas.
Antes de ir me pediu como se fosse um pedaço de bolo:me traga uma poesia amanhã!
Eu cheguei cedo com o papel e li com a voz embargada.Sabiamos que era uma despedida.
Mas, o convite chegou e está aí!O livro não é de poesias, são textos de mulheres que contam histórias e dão seu recado.Meu nome está lá,com a maneira mais simples de dizer meu Olá!
E cumpre-se então o desejo dela :A capa é um rosto de mulher pela metade!
Abri e lá estava meu nome.
Fiquei emocionada,surpresa e feliz.Havia escrito um texto, que não me pareceu consistente.Fui viajar e na volta terminei.Mandei então para a editora.
O tempo passou, não sabia o que havia acontecido.Esqueci.
No momento que abri e vi a capa revi minha mãe com seus escritos,suas poesias.
Ela era uma escritora.Eu sou apenas uma contadora de histórias.
Ainda ontem,estava na Sala São Paulo,rodeada de pessoas que escrevem e de admiradores pela leitura.Minha amiga Rosa recebia então dois premios pelos seus livros de Culinária,ou seja História da Culinária.
Aquela atmosfera onde reinava o respeito ás letras me deu uma emoção inacreditavel.
Assim ,neste clima de sintonia com um todo bastante enriquecedor que nos leva à descoberta,minha sensação de satisfação cresceu.
Uma alegria imensa ao ver aquela capa.
Minha mãe desejava muito editar um livro e ao completar 70 anos consegui reunir muitas poesias suas e formar um livro que dei para cada convidado de sua festa.
Parece que vejo sua surpresa ao entrar no quintal transformado,com mesas e violetas por toda parte.Suely no teclado tocando "Carmen".As pessoas queridas se confraternizando e ela se surpreendendo com o exemplar de seu talento.
Foi tudo feito com muito carinho,muita pressa como sempre foi minha vida.
Entre idas e vindas com os filhos ,a casa,a chacara e muitas ocupações consegui mandar para uma jovem entusiasta que fez um trabalho de gráfica.A capa era com o titulo.Mamãe sempre foi muito crítica e ao olhar aquele meu esforço para agrada-la disse;Eu queria uma capa!
Eu sei mamãe.Tenho o desenho. Mas, foi impossivel de preparar tambem isso!
A capa era um rosto de mulher pela metade.
Bem ,suas poesias eram lindas e com a luz que elas refletiam apagaram meu erro .
Todos receberam um livro e ela aparentemente feliz não falou mais no assunto.
Comecei á escrever muito cedo,tinha meus 15 anos.
Fazia poesia, prosa,texto.
Na minha fase mais inspirada escrevi umas 60.Sò sobre o amor.Era uma mulher madura.
Pode ser que um dia leia e pense que tudo é muito louco ou pode ser que um dia edite.
Era uma época que acordava às 5 horas da manhã para escrever.Enquanto não colocava tudo que vinha na alma não conseguia dormir.Meu espirito inquieto se acalmava com o papel e a caneta.Mamãe escrevia pedacinhos de papel e deixava para acabar no dia seguinte.Se correspondia com grandes escritores e lia sem parar.
Eu não tive tempo.O relógio da vida me esperava como se fosse um despertador estridente.
Quando ela se foi o relógio parou de funcionar com tanta exigencia e pude então refletir,dizer o que sentia,abrir as janelas que estavam fechadas e as portas que pareciam entreabertas.
Antes de ir me pediu como se fosse um pedaço de bolo:me traga uma poesia amanhã!
Eu cheguei cedo com o papel e li com a voz embargada.Sabiamos que era uma despedida.
Mas, o convite chegou e está aí!O livro não é de poesias, são textos de mulheres que contam histórias e dão seu recado.Meu nome está lá,com a maneira mais simples de dizer meu Olá!
E cumpre-se então o desejo dela :A capa é um rosto de mulher pela metade!
domingo, 27 de novembro de 2011
Nossa Senhora Das Graças
Hoje é dia de Nossa Senhora das Graças
Ela foi sempre minha companheira e amiga de todas as horas.
Minha mãe, católica desde criança resolveu aos 18 anos mudar para o Protestantismo.
Parou numa igreja onde ouviu os hinos, se sentiu emocionada,entrou e lá ficou.
Papai era católico e ao casarem a Igreja não fazia casamento ecumenico, portanto casaram na Igreja Presbiteriana .O pastor que os casou foi Reverendo Riso.(nome que mais tarde me serviu como sinaleiro numa importante decisão de vida)
Nasci pois com a missão de continuar o que ela tinha escolhido,mas me sentia um peixe fora d'agua.Nada à ver comigo. Fui batizada por Reverendo Borges.Frequentei Escola Dominical.Papai havia feito minha matricula no Mackenzie e fiz o teste.
Como o apartamento perto da escola não ficou pronto, nos mudamos para Perdizes.
Bem de frente ao Batista para ele ter controle de minhas idas e vindas!
Me tornei uma revoltada com aquelas regras, aquele colégio e as pessoas que se diziam tão certas e donas da verdade.
Me formei e caminhando para a nova escola,passava na capela da PUC.
Entrava, me encantava com aquela imagem de Nossa Senhora no altar, com o silencio, com a proteção que sentia ao me sentar nos antigos bancos.Foi um amor que cresceu e fui com minha intuição,o sentido que pertencia à tudo que via.O sentimento de pertencer sempre foi muito forte em mim.Pertencemos ou não!
Ali fiz minha opção que desagradou muito minha mãe.Ser católica!Por conviccção, escolha e amor.
Ela não poderia ir contra uma vez que havia feito o mesmo, na mesma idade.
Telefonei para meu saudoso primo, Monsenhor Expedito e pedi:por favor,quero ser católica.Quero fazer o caminho de volta, uma vez que mamãe se desligou.(ela era muito engraçada,me deu Santo Expedito para a capela,fazia suas orações e era ligadissima ao primo padre.Me levava ao convento para visitar tia Ana Flora que era freira com o nome de irmã Claudia)
Penso que desde essa época minha alma já falava e eu não ouvia.
Tia Ana Flora dizia,:meu benzinho,estou rezando para sua conversão.
E eu muito irreverente dizia;perde seu tempo!Jamais serei católica.
Mas, as paredes me acolhiam naquele antigo convento de Itu e o silencio me fazia sentir uma estranha sensação de plenitude.Os santos me olhavam com paciencia infinita e lá esta Maria, minha Nossa Senhora.Jesus esperaria a hora certa!
E esta hora chegou um dia para felicidade de todos os "carolas"da familia de minha mãe e com a devoção e pedido aceito de Irmã Claudia,minha tia Ana Flora!
Chegou aos 18anos, na capela da Puc,numa linda missa rezada por Monsenhor Expedito,com a alegria de minhas avós "catolississimas"
Isto se deu no dia 18 de Dezembro .
Uma data que sempre escolhi para comemorar com meus filhos o final das aulas,sem recuperação final e uma tarde especial entre lanchonetes e cinema antes de ir para a chácara passar as férias.
Já havia então recebido muitas graças de Nossa Senhora da Graças no dia 27 de Novembro.Principalmente a saude deles,as boas notas e a alegria de desfrutar cada momento juntos.
Minha mãe olhava com desconfiança minha devoção.
Tinha pavor de avião.Adorava viajar.Um dia pensei:se ela acreditasse daria uma medalha de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa!
Foi então com meu pai para os E.U.
Na volta me disse;olha Vera Lucia,está medalha é para você!imagine que no primeiro dia viagem,no nosso quarto de hotel, alguem esqueceu essa medalha.Pensei:Vou levar para minha filha!Assim sendo, com Maria na bolsa,lá foi mamãe por toda viagem acompanhada, protegida,sem saber que era para ela a graça.
Graça dada de graça!
Portanto hoje tenho muito para recordar e levar com orgulho a que me acompanha.
Uma antiga medalha de Nossa Senhora Das Graças que minha bisavó carregava no pescoço ao sair da Italia!
Que Ela nos abrace neste dia com amor de mãe!
Ela foi sempre minha companheira e amiga de todas as horas.
Minha mãe, católica desde criança resolveu aos 18 anos mudar para o Protestantismo.
Parou numa igreja onde ouviu os hinos, se sentiu emocionada,entrou e lá ficou.
Papai era católico e ao casarem a Igreja não fazia casamento ecumenico, portanto casaram na Igreja Presbiteriana .O pastor que os casou foi Reverendo Riso.(nome que mais tarde me serviu como sinaleiro numa importante decisão de vida)
Nasci pois com a missão de continuar o que ela tinha escolhido,mas me sentia um peixe fora d'agua.Nada à ver comigo. Fui batizada por Reverendo Borges.Frequentei Escola Dominical.Papai havia feito minha matricula no Mackenzie e fiz o teste.
Como o apartamento perto da escola não ficou pronto, nos mudamos para Perdizes.
Bem de frente ao Batista para ele ter controle de minhas idas e vindas!
Me tornei uma revoltada com aquelas regras, aquele colégio e as pessoas que se diziam tão certas e donas da verdade.
Me formei e caminhando para a nova escola,passava na capela da PUC.
Entrava, me encantava com aquela imagem de Nossa Senhora no altar, com o silencio, com a proteção que sentia ao me sentar nos antigos bancos.Foi um amor que cresceu e fui com minha intuição,o sentido que pertencia à tudo que via.O sentimento de pertencer sempre foi muito forte em mim.Pertencemos ou não!
Ali fiz minha opção que desagradou muito minha mãe.Ser católica!Por conviccção, escolha e amor.
Ela não poderia ir contra uma vez que havia feito o mesmo, na mesma idade.
Telefonei para meu saudoso primo, Monsenhor Expedito e pedi:por favor,quero ser católica.Quero fazer o caminho de volta, uma vez que mamãe se desligou.(ela era muito engraçada,me deu Santo Expedito para a capela,fazia suas orações e era ligadissima ao primo padre.Me levava ao convento para visitar tia Ana Flora que era freira com o nome de irmã Claudia)
Penso que desde essa época minha alma já falava e eu não ouvia.
Tia Ana Flora dizia,:meu benzinho,estou rezando para sua conversão.
E eu muito irreverente dizia;perde seu tempo!Jamais serei católica.
Mas, as paredes me acolhiam naquele antigo convento de Itu e o silencio me fazia sentir uma estranha sensação de plenitude.Os santos me olhavam com paciencia infinita e lá esta Maria, minha Nossa Senhora.Jesus esperaria a hora certa!
E esta hora chegou um dia para felicidade de todos os "carolas"da familia de minha mãe e com a devoção e pedido aceito de Irmã Claudia,minha tia Ana Flora!
Chegou aos 18anos, na capela da Puc,numa linda missa rezada por Monsenhor Expedito,com a alegria de minhas avós "catolississimas"
Isto se deu no dia 18 de Dezembro .
Uma data que sempre escolhi para comemorar com meus filhos o final das aulas,sem recuperação final e uma tarde especial entre lanchonetes e cinema antes de ir para a chácara passar as férias.
Já havia então recebido muitas graças de Nossa Senhora da Graças no dia 27 de Novembro.Principalmente a saude deles,as boas notas e a alegria de desfrutar cada momento juntos.
Minha mãe olhava com desconfiança minha devoção.
Tinha pavor de avião.Adorava viajar.Um dia pensei:se ela acreditasse daria uma medalha de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa!
Foi então com meu pai para os E.U.
Na volta me disse;olha Vera Lucia,está medalha é para você!imagine que no primeiro dia viagem,no nosso quarto de hotel, alguem esqueceu essa medalha.Pensei:Vou levar para minha filha!Assim sendo, com Maria na bolsa,lá foi mamãe por toda viagem acompanhada, protegida,sem saber que era para ela a graça.
Graça dada de graça!
Portanto hoje tenho muito para recordar e levar com orgulho a que me acompanha.
Uma antiga medalha de Nossa Senhora Das Graças que minha bisavó carregava no pescoço ao sair da Italia!
Que Ela nos abrace neste dia com amor de mãe!
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Thanksgiving Day
Hoje é um dia especial.Dia de Ação de Graças para muitas pessoas.
Comemora-se na quarta quinta feira do mês de Novembro desde 1621.
Nos E.U. é uma data de confraternização, orações e festejos.
A comida tradicional é o Perú, a batata doce, milho e Pumpkin Pie.
Celebrado nos tempos antigos como Boa Colheita e Fartura é um dia para ser feliz!
Para agradecer e refletir!Para abraçar e congratular.
Foi assim, que a vida me deu o presente de passar algumas vezes com Suzy ,minha amiga e sua familia.No meu coração registrado a lembrança da oração, das deliciosas comidas e de encontros como uma festa que me perdi no meio de Miami!
Tudo é graça que Deus nos oferece de graça!
Só nos resta agradecer!
Aqui a receita de Pumpkin Pie
Costumo fazer um doce de abobóra bem temperado.
Faço então a massa com margarina,farinha,1gema,1/2 xic.de agua morna.
Coloco no pirex para assar(se desejar algo mais pratico faça com bolacha maizena triturada e 3 colheres de margarina)
Depois de assada ,jogue sobre ela o recheio que pode ser simplificado,batendo o doce de abóbora no liquidificador com 1/2 pacote de gelatina sem sabor, gengibre,all spice,canela.Leve à gelar.
Perú todos sabem.O segredo está em assa-lo com um papel umedecido dentro.Com o tempero que colocamos para marinar.
Mas nos E.U. usa-se o Turkey Stuffing.Frite na manteiga cebola picadinha com salsão,coloque o molho do perú,salsinha,pedacinhos de torrada e o pure de batata doce.Há varias maneiras deste recheio.Tenho uma receita com pão preto no lugar das torradas.O fato é que existe já pronto para cada americano pratico.
Feliz Thanksgiving para todos!
Comemora-se na quarta quinta feira do mês de Novembro desde 1621.
Nos E.U. é uma data de confraternização, orações e festejos.
A comida tradicional é o Perú, a batata doce, milho e Pumpkin Pie.
Celebrado nos tempos antigos como Boa Colheita e Fartura é um dia para ser feliz!
Para agradecer e refletir!Para abraçar e congratular.
Foi assim, que a vida me deu o presente de passar algumas vezes com Suzy ,minha amiga e sua familia.No meu coração registrado a lembrança da oração, das deliciosas comidas e de encontros como uma festa que me perdi no meio de Miami!
Tudo é graça que Deus nos oferece de graça!
Só nos resta agradecer!
Aqui a receita de Pumpkin Pie
Costumo fazer um doce de abobóra bem temperado.
Faço então a massa com margarina,farinha,1gema,1/2 xic.de agua morna.
Coloco no pirex para assar(se desejar algo mais pratico faça com bolacha maizena triturada e 3 colheres de margarina)
Depois de assada ,jogue sobre ela o recheio que pode ser simplificado,batendo o doce de abóbora no liquidificador com 1/2 pacote de gelatina sem sabor, gengibre,all spice,canela.Leve à gelar.
Perú todos sabem.O segredo está em assa-lo com um papel umedecido dentro.Com o tempero que colocamos para marinar.
Mas nos E.U. usa-se o Turkey Stuffing.Frite na manteiga cebola picadinha com salsão,coloque o molho do perú,salsinha,pedacinhos de torrada e o pure de batata doce.Há varias maneiras deste recheio.Tenho uma receita com pão preto no lugar das torradas.O fato é que existe já pronto para cada americano pratico.
Feliz Thanksgiving para todos!
sábado, 19 de novembro de 2011
Festa do América
O América festejou ontem sua iniciativa que já existe há 14 anos.
Fazer parte de um evento ,onde as crianças são motivadas á desenhar e pintar para mim é um presente.Bolas coloridas enfeitavam o salão e meninas faziam artes com elas. Cachorro, Homem Aranha,Flores ,Espadas e Capacetes.Colovam adesivos nas mãos das crianças e das vovós tambem!Tenho hoje minha mão tatuada com Farofino num avião turbo hélice.Vários telões exibiam os desenhos premiados e os pais dos ganhadores.
Lá estava o de André:Futebol!
Vejo então meu gramado da chácara que plantei há 36anos.Ouço o barulho das estacas que batiam no chão de terra firme recebendo placas de grama .Onde meus filhos jogavam com os primos e amigos.Onde caiam, se machucavam, gritavam, brigavam,venciam ou perdiam.
Anualmente era feito um jogo dos veteranos com os amigos .Os pais .
Um dia meu campo se transformou em festa de casamento e ao som de uma bela orquestra o gramado coberto por madeira foi pisado por passos de dança e as pessoas passavam felizes de um gol ao outro sem saber que time estavam jogando.No lugar dos gritos:GOL!
Ouvia-se :Felicidades!Afinal, a felicidade tambem é um gol!É acertar na meta!E o noivo um bom goleiro!
Olhando aquele telão onde exibiam o desenho de André, que sem querer me fez voltar ao tempo e ver seu pai pequeno ,seus tios correndo,fiquei emocionada.
Nilton Bonder tem um livro que fala "O Oculto do Aparente".
Penso que ao ver um quadro percebemos atravez dele o oculto que ele revela.
Cada um interpretará de sua maneira.Uma flor não é apenas uma flor.Ela contem a emoção de quem a retrata.
A minha foi de um menino imortalizando com suas mãozinhas jogos de um campo especial, num lugar conhecido ,com pessoas queridas.
E foi assim que André com sua simplicidade de criança me fez ver uma mensagem linda.
A da continuidade.
Mauricio de Souza e o América estão de parabéns e todos os ganhadores tambem.
Que a frase de Mauricio se torne realidade:Continuem! Daqui 10 ou 15 anos me procurem!
E dali creio muitos seguirão esse caminho!
Sucesso à todos!
Gol de André!
Fazer parte de um evento ,onde as crianças são motivadas á desenhar e pintar para mim é um presente.Bolas coloridas enfeitavam o salão e meninas faziam artes com elas. Cachorro, Homem Aranha,Flores ,Espadas e Capacetes.Colovam adesivos nas mãos das crianças e das vovós tambem!Tenho hoje minha mão tatuada com Farofino num avião turbo hélice.Vários telões exibiam os desenhos premiados e os pais dos ganhadores.
Lá estava o de André:Futebol!
Vejo então meu gramado da chácara que plantei há 36anos.Ouço o barulho das estacas que batiam no chão de terra firme recebendo placas de grama .Onde meus filhos jogavam com os primos e amigos.Onde caiam, se machucavam, gritavam, brigavam,venciam ou perdiam.
Anualmente era feito um jogo dos veteranos com os amigos .Os pais .
Um dia meu campo se transformou em festa de casamento e ao som de uma bela orquestra o gramado coberto por madeira foi pisado por passos de dança e as pessoas passavam felizes de um gol ao outro sem saber que time estavam jogando.No lugar dos gritos:GOL!
Ouvia-se :Felicidades!Afinal, a felicidade tambem é um gol!É acertar na meta!E o noivo um bom goleiro!
Olhando aquele telão onde exibiam o desenho de André, que sem querer me fez voltar ao tempo e ver seu pai pequeno ,seus tios correndo,fiquei emocionada.
Nilton Bonder tem um livro que fala "O Oculto do Aparente".
Penso que ao ver um quadro percebemos atravez dele o oculto que ele revela.
Cada um interpretará de sua maneira.Uma flor não é apenas uma flor.Ela contem a emoção de quem a retrata.
A minha foi de um menino imortalizando com suas mãozinhas jogos de um campo especial, num lugar conhecido ,com pessoas queridas.
E foi assim que André com sua simplicidade de criança me fez ver uma mensagem linda.
A da continuidade.
Mauricio de Souza e o América estão de parabéns e todos os ganhadores tambem.
Que a frase de Mauricio se torne realidade:Continuem! Daqui 10 ou 15 anos me procurem!
E dali creio muitos seguirão esse caminho!
Sucesso à todos!
Gol de André!
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Sou um ARTISTA não me pergunte por que..
Esta frase está escrita em um simples lápis que comprei na Pinacoteca um dia.
Adoro ir ver as exposições,vasculhar a lojinha,chorar de emoção ao ver um quadro que admiro.Fiquei horas indo e vindo na de Margaret Mee.Chorei muito no Fine Arts de Boston ao ver:Two Calla Lillies de Georgia O'Keeffe
Comprei então o lápis e coloco bem rente à fotografia de meu neto André que ama desenhar.Fica ao lado do computador e vejo todos os dias aquele frase de afirmação:Sou um ARTISTA,com letras grandes.
A pintura e o desenho fizeram parte da minha vida desde criança e falo nisso no texto que enviei para o livro"Nós Mulheres".O pincel foi meu amigo, meu terapeuta,minha alegria. O titulo é:Pintando a Vida(me inspirei numa caixa de lápis que ganhei )Tenho uma foto de meu pai com meu primeiro quadro na mão,muito orgulhoso.Imagine se ele visse o bisneto ganhando pela terceira vez o concurso do America na categoria de 4 à 6 e ele com 4!Uma cidade tão grande como São Paulo!O tema :Esportes.
É muito doce ser avó e apesar de morarmos longe um do outro quando nos encontramos é um sonho para mim.Fazemos massinha,com o molde "I love you" (uma forma de torrada) Distribui para todos.Fica horas desenhando no restaurante.Então disse à ele:André o pincel é um grande amigo.Quando estamos com o lápis ou com o pincel nunca estamos sòzinhos.
Ele respondeu :Como a música vovó,o instrumento é o amigo!
Penso que artistas nascem já assim.Ter amor por formas e côres e representar a realidade no papel,no som de uma musica.No fim de 2010 sentado na varanda da chacara desenhou os desejos de cada um na sua lousa com giz.O que você quer que aconteça?
E a vida na sua ciranda,faz um gesto de magia .
A magia de sonhar!
Se você deseja,sonhe!
Se não for com você, se realizará na próxima geração.
Como meu tio Mario que queria tanto tocar violino e precisava trabalhar desde cedo.Hoje seu neto Gabriel toca divinamente!
A arte vem até nós e faz elos,traz referencias e acima de tudo nos renova para uma proxima criação.Não me admiro de Rodin ter se apaixonado por Camile.Deve ter sido um amor louco,sem muita razão e bastante turbulento,mas fez com que cada um criasse obras como:O Beijo!Cada um fez da sua maneira e para nós o privilégio de duas esculturas.Apaixonantes e apaixonadas.Olho então meu neto fazendo cabelo de massinha sobre a escultura de um casal dançando que tenho na mesa e penso:Quem serão eles?
Talvez além de dançar gostassem de pintar ou esculpir.
Mas, o importante é não parar!
Não desistir!Criar!
Serei então Vovó Coruja mais uma vez ,vendo Mauricio de Souza entregar os premios à André pela terceira vez.A terceira de uma serie de premios que com certeza receberá por seu talento artistico.Mas esse ainda poderei ver e chorar de emoção como quando choro vendo os quadros de meus pintores prediletos.
Olho o retrato ao lado:André me observa escrevendo.Bem rente o lápis que afirma:Sou um ARTISTA,não me pergunte por que...
FÉ criativa é assim!
Adoro ir ver as exposições,vasculhar a lojinha,chorar de emoção ao ver um quadro que admiro.Fiquei horas indo e vindo na de Margaret Mee.Chorei muito no Fine Arts de Boston ao ver:Two Calla Lillies de Georgia O'Keeffe
Comprei então o lápis e coloco bem rente à fotografia de meu neto André que ama desenhar.Fica ao lado do computador e vejo todos os dias aquele frase de afirmação:Sou um ARTISTA,com letras grandes.
A pintura e o desenho fizeram parte da minha vida desde criança e falo nisso no texto que enviei para o livro"Nós Mulheres".O pincel foi meu amigo, meu terapeuta,minha alegria. O titulo é:Pintando a Vida(me inspirei numa caixa de lápis que ganhei )Tenho uma foto de meu pai com meu primeiro quadro na mão,muito orgulhoso.Imagine se ele visse o bisneto ganhando pela terceira vez o concurso do America na categoria de 4 à 6 e ele com 4!Uma cidade tão grande como São Paulo!O tema :Esportes.
É muito doce ser avó e apesar de morarmos longe um do outro quando nos encontramos é um sonho para mim.Fazemos massinha,com o molde "I love you" (uma forma de torrada) Distribui para todos.Fica horas desenhando no restaurante.Então disse à ele:André o pincel é um grande amigo.Quando estamos com o lápis ou com o pincel nunca estamos sòzinhos.
Ele respondeu :Como a música vovó,o instrumento é o amigo!
Penso que artistas nascem já assim.Ter amor por formas e côres e representar a realidade no papel,no som de uma musica.No fim de 2010 sentado na varanda da chacara desenhou os desejos de cada um na sua lousa com giz.O que você quer que aconteça?
E a vida na sua ciranda,faz um gesto de magia .
A magia de sonhar!
Se você deseja,sonhe!
Se não for com você, se realizará na próxima geração.
Como meu tio Mario que queria tanto tocar violino e precisava trabalhar desde cedo.Hoje seu neto Gabriel toca divinamente!
A arte vem até nós e faz elos,traz referencias e acima de tudo nos renova para uma proxima criação.Não me admiro de Rodin ter se apaixonado por Camile.Deve ter sido um amor louco,sem muita razão e bastante turbulento,mas fez com que cada um criasse obras como:O Beijo!Cada um fez da sua maneira e para nós o privilégio de duas esculturas.Apaixonantes e apaixonadas.Olho então meu neto fazendo cabelo de massinha sobre a escultura de um casal dançando que tenho na mesa e penso:Quem serão eles?
Talvez além de dançar gostassem de pintar ou esculpir.
Mas, o importante é não parar!
Não desistir!Criar!
Serei então Vovó Coruja mais uma vez ,vendo Mauricio de Souza entregar os premios à André pela terceira vez.A terceira de uma serie de premios que com certeza receberá por seu talento artistico.Mas esse ainda poderei ver e chorar de emoção como quando choro vendo os quadros de meus pintores prediletos.
Olho o retrato ao lado:André me observa escrevendo.Bem rente o lápis que afirma:Sou um ARTISTA,não me pergunte por que...
FÉ criativa é assim!
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
A Certeza estava atrás da Mesa
Esse é o titulo de uma poesia ou prosa, que escrevi há alguns anos, quando estava atravessando o deserto.É mesmo!A doença de minha mãe me pegou de frente,sòzinha,com uma angustia de que caminhar no deserto é muito dolorido.
Tudo começou na pequena e antiga casa da Av.Europa onde o CPO era o destino.
Depois de uma cirurgia e com o diagnostico de 3 meses de vida ,caminhamos juntas 3 anos.
Longos anos.
Era uma casa apertadinha,eu fitava o tapete vermelho da sala de espera com muitas duvidas .Mamãe,animada, foi logo fazendo amizade com a compenheira de quimio:D.Nininha,que linda recebia os cuidados de seu filho Theo e de sua secretaria Socorro.Mas as consultas me deixavam angustiada e sem rumo.Sentada num banquinho muito sem jeito,ficava alí no começo da nossa história.Uma história para se contar devagar.E quem conta um conto aumenta um ponto!
Na verdade era muito triste e minha natureza de transformar foi criando oportunidades de sorrisos das enfermeiras.Comecei levando cesta de jabuticabas da chacara.Os frutos redondos,negros e brilhantes se aglomeravam no meio das folhinhas verdes que propositalmente havia colocado para ficar fresco e bonito.
O medo tinha que ser transformado,mas quando ficava do lado de cá da mesa do Doutor ele aparecia.
Comecei então uma brincadeira,que me custou muitos falatórios das pessoas que observavam e não entendiam.
Apesar de não ser um Charles Chaplin e nem conseguir criar um Carlitos,crei uma Vera que fazia da tristeza uma surpresa atrás da outra.Muito humor e alguma fantasia.
Para minha satisfação mudamos da casa apertada para uma mansão linda,ensolarada, amarela com imenso jardim onde os doentes poderiam ver o verde e sentir a vida.
Mais tarde voltei à pequena casa para fazer um tratamento de estética.Fui de proposito.Lá onde havia passado tantos aborrecimentos,fui me cuidar,fazendo massagem,endermologia, tratamentos faciais.Deitava na maca onde as mãos da massagista iam tirando a tensão e olhava de cima,onde a Certeza estava atrás da mesa.
No mesmo espaço.Era tudo diferente!Alegre!Luminoso!E fui me curando...
Sai dali rejuvenecida!
Mas, voltando ao projeto"transforme o que puder e salve-se quem quiser",fomos para Av.Europa na casa amarela.Mamãe já não tinha sua amiga, que faleceu ,D.Nininha.
Os efeitos da quimio deixavam ela abatida e fazia um jogo de tradução com musicas em ingles para ela ir se distraindo no carro.Nele levava Pão De Queijo para os médicos, bolachas de coração para os doentes.Fazia tudo eu mesma. No Chanucá ou Hanukkak distribuia dreidel e cartões.Comprava cristais na Cá D'Oro e oferecia para decorar prateleiras vazias.Brincava com as datas judaicas, pois desde menina no colégio aprendi seus significados.
Uma ocasião na hidroterapia,minha amiga,D.Sara me ofereceu os famosos bolinhos de peixe(tenho neste blog a receita).Fomos até sua casa, pois mamãe adorava tudo judaico e escrevia para a revista Shalom.Descendo do carro,D.Sara disse:Aqui é a loja do pai do médico de sua mâe.Moises!
Fui conhece-lo e foi uma sintonia maravilhosa.Ele foi super simpatico, me ensinou à falar Feliz Ano Novo e me disse:O melhor homem do mundo é aquele que cuida de sua mãe.
Foi assim que minha confiança cresceu e meus tres anos no deserto foram possiveis.
Muitas vezes discordava de seu ponto de vista.Vamos colocar cateter no figado!
Não!Vou fazer uma festa para ela no Aniversário!No Mofarrej.
E depois da festa lá chegava minha mãe, de roxo,perolas,peruca nova mostrando as fotos e totalmente recuperada.Ria com o fato dos chefs serem lindos!
Ela não vive até o casamento de seu filho!
Vive sim!Tira esse remedio por boca e começa outro,que ela vive!
E andando firme,toda de rosa,com um tailleur que trouxe de Miami ela passava na nave da igreja sorrindo ao lado de meu filho Alexandre.
Jamais decepcionaria Ricardo,o querido,portanto, comeu, dançou e tempos depois descansou.
Portanto ao ver Dr.Artur Katz na TV dando entrevista sobre o estado de saude do Ex Presidente Lula tudo veio á memória.As risadas dela dizendo:Vera Lucia,Dr.Artur adorou meu sapato de Miami.Quando voltar lá, compre um desta marca para ele.
E assim foi.Mimava o Dr.Certeza!O mesmo que disse:O Ex Presidente terá uma ligeira indisposição,igual á um resfriado forte!
E assim anos depois voltei por uma ironia da vida, com meu amigo Thales à casa da Av Europa.No bar, o vidro com outras bolachas,nas preteleiras algumas peças que reconheci.Ficou o perfume talvez de L'Eau de
Issey Miyake
Um pouco de mim ficou alí!
A certeza
A Certeza
Estava atrás da mesa
Entre a minha pessoa
E a Certeza
Havia uma distancia
Que eu não podia enxergar
Que eu não queria aceitar
Mas sabia que ela estava lá
A certeza não me agradecia
Mal me percebia
A certeza ficava calada
Ao me ouvir falar
Tinha um equilibrio
Que me abalava
Deus usava a Certeza
Para me transformar
Era longo o caminho
E o nome
Da Certeza
Não posso revelar
(Mas com tanto tempo de convivencia aprendi muito!Principalmente que a vida é urgente!)(um versinho inocente e brincalhão escrito em 98 que hoje já não escreveria)
Tudo começou na pequena e antiga casa da Av.Europa onde o CPO era o destino.
Depois de uma cirurgia e com o diagnostico de 3 meses de vida ,caminhamos juntas 3 anos.
Longos anos.
Era uma casa apertadinha,eu fitava o tapete vermelho da sala de espera com muitas duvidas .Mamãe,animada, foi logo fazendo amizade com a compenheira de quimio:D.Nininha,que linda recebia os cuidados de seu filho Theo e de sua secretaria Socorro.Mas as consultas me deixavam angustiada e sem rumo.Sentada num banquinho muito sem jeito,ficava alí no começo da nossa história.Uma história para se contar devagar.E quem conta um conto aumenta um ponto!
Na verdade era muito triste e minha natureza de transformar foi criando oportunidades de sorrisos das enfermeiras.Comecei levando cesta de jabuticabas da chacara.Os frutos redondos,negros e brilhantes se aglomeravam no meio das folhinhas verdes que propositalmente havia colocado para ficar fresco e bonito.
O medo tinha que ser transformado,mas quando ficava do lado de cá da mesa do Doutor ele aparecia.
Comecei então uma brincadeira,que me custou muitos falatórios das pessoas que observavam e não entendiam.
Apesar de não ser um Charles Chaplin e nem conseguir criar um Carlitos,crei uma Vera que fazia da tristeza uma surpresa atrás da outra.Muito humor e alguma fantasia.
Para minha satisfação mudamos da casa apertada para uma mansão linda,ensolarada, amarela com imenso jardim onde os doentes poderiam ver o verde e sentir a vida.
Mais tarde voltei à pequena casa para fazer um tratamento de estética.Fui de proposito.Lá onde havia passado tantos aborrecimentos,fui me cuidar,fazendo massagem,endermologia, tratamentos faciais.Deitava na maca onde as mãos da massagista iam tirando a tensão e olhava de cima,onde a Certeza estava atrás da mesa.
No mesmo espaço.Era tudo diferente!Alegre!Luminoso!E fui me curando...
Sai dali rejuvenecida!
Mas, voltando ao projeto"transforme o que puder e salve-se quem quiser",fomos para Av.Europa na casa amarela.Mamãe já não tinha sua amiga, que faleceu ,D.Nininha.
Os efeitos da quimio deixavam ela abatida e fazia um jogo de tradução com musicas em ingles para ela ir se distraindo no carro.Nele levava Pão De Queijo para os médicos, bolachas de coração para os doentes.Fazia tudo eu mesma. No Chanucá ou Hanukkak distribuia dreidel e cartões.Comprava cristais na Cá D'Oro e oferecia para decorar prateleiras vazias.Brincava com as datas judaicas, pois desde menina no colégio aprendi seus significados.
Uma ocasião na hidroterapia,minha amiga,D.Sara me ofereceu os famosos bolinhos de peixe(tenho neste blog a receita).Fomos até sua casa, pois mamãe adorava tudo judaico e escrevia para a revista Shalom.Descendo do carro,D.Sara disse:Aqui é a loja do pai do médico de sua mâe.Moises!
Fui conhece-lo e foi uma sintonia maravilhosa.Ele foi super simpatico, me ensinou à falar Feliz Ano Novo e me disse:O melhor homem do mundo é aquele que cuida de sua mãe.
Foi assim que minha confiança cresceu e meus tres anos no deserto foram possiveis.
Muitas vezes discordava de seu ponto de vista.Vamos colocar cateter no figado!
Não!Vou fazer uma festa para ela no Aniversário!No Mofarrej.
E depois da festa lá chegava minha mãe, de roxo,perolas,peruca nova mostrando as fotos e totalmente recuperada.Ria com o fato dos chefs serem lindos!
Ela não vive até o casamento de seu filho!
Vive sim!Tira esse remedio por boca e começa outro,que ela vive!
E andando firme,toda de rosa,com um tailleur que trouxe de Miami ela passava na nave da igreja sorrindo ao lado de meu filho Alexandre.
Jamais decepcionaria Ricardo,o querido,portanto, comeu, dançou e tempos depois descansou.
Portanto ao ver Dr.Artur Katz na TV dando entrevista sobre o estado de saude do Ex Presidente Lula tudo veio á memória.As risadas dela dizendo:Vera Lucia,Dr.Artur adorou meu sapato de Miami.Quando voltar lá, compre um desta marca para ele.
E assim foi.Mimava o Dr.Certeza!O mesmo que disse:O Ex Presidente terá uma ligeira indisposição,igual á um resfriado forte!
E assim anos depois voltei por uma ironia da vida, com meu amigo Thales à casa da Av Europa.No bar, o vidro com outras bolachas,nas preteleiras algumas peças que reconheci.Ficou o perfume talvez de L'Eau de
Issey Miyake
Um pouco de mim ficou alí!
A certeza
A Certeza
Estava atrás da mesa
Entre a minha pessoa
E a Certeza
Havia uma distancia
Que eu não podia enxergar
Que eu não queria aceitar
Mas sabia que ela estava lá
A certeza não me agradecia
Mal me percebia
A certeza ficava calada
Ao me ouvir falar
Tinha um equilibrio
Que me abalava
Deus usava a Certeza
Para me transformar
Era longo o caminho
E o nome
Da Certeza
Não posso revelar
(Mas com tanto tempo de convivencia aprendi muito!Principalmente que a vida é urgente!)(um versinho inocente e brincalhão escrito em 98 que hoje já não escreveria)
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Clube de Jardinagem
Um belo dia,depois de plantar muito e fazer com minhas plantas experiencias de todos os tipos,conheci o Clube Paulista de Jardinagem.Foi atravez da minha querida Marlene,que entrei para esse grupo de mulheres que se dedicam ás flores e plantas.
São grupos divididos por nomes e o meu teria aquela que adoro:singela margarida.
Comecei pelas palestras interessantes,participei da exposição que foi feita no Centro Cultural Britanico.Aquela foi sem dúvida um raio de sol no meio desta cidade quase árida com seu modo de viver.Apresentei uma borboleta de ferro batido cheia de cipó enrolado e no meio coloquei muitas orquideas" chuva de ouro"Ficou na entrada e fazia muita vista.Um lanche britanico era servido às 5horas e as pessoas assistiam palestras no andar superior.Foi maravilhoso!
No ano seguinte fiz uma mesa"Igarapé".Coloquei um prato pintado de Sterlitzia de um lado e anturio verde do outro.No arranjo dentro de um peixe de estanho os anturios e sterlitzias.Sem acreditar,ganhei segundo lugar.Foi num local não muito claro e bem pouco amplo.
Pois bem, este ano no imenso salão do Clube Paineiras as plantas se perdem.
Poderiam colocar muitas mesas e arranjos,pois o espaço comporta.Mas, muito bonito com pessoas interessadas no verde da vida.
Um belo exemplo de se voltar para a natureza, agora que se fala tanto em Meio Ambiente.Um bazar ao lado com artezanato e doces,onde falta apenas uma mesa para pagamentos com cartão.Enfim, nada é perfeito e adoro estar presente nesses eventos.
Que cresça e continue fazendo bem à muitos como faz para mim!
São grupos divididos por nomes e o meu teria aquela que adoro:singela margarida.
Comecei pelas palestras interessantes,participei da exposição que foi feita no Centro Cultural Britanico.Aquela foi sem dúvida um raio de sol no meio desta cidade quase árida com seu modo de viver.Apresentei uma borboleta de ferro batido cheia de cipó enrolado e no meio coloquei muitas orquideas" chuva de ouro"Ficou na entrada e fazia muita vista.Um lanche britanico era servido às 5horas e as pessoas assistiam palestras no andar superior.Foi maravilhoso!
No ano seguinte fiz uma mesa"Igarapé".Coloquei um prato pintado de Sterlitzia de um lado e anturio verde do outro.No arranjo dentro de um peixe de estanho os anturios e sterlitzias.Sem acreditar,ganhei segundo lugar.Foi num local não muito claro e bem pouco amplo.
Pois bem, este ano no imenso salão do Clube Paineiras as plantas se perdem.
Poderiam colocar muitas mesas e arranjos,pois o espaço comporta.Mas, muito bonito com pessoas interessadas no verde da vida.
Um belo exemplo de se voltar para a natureza, agora que se fala tanto em Meio Ambiente.Um bazar ao lado com artezanato e doces,onde falta apenas uma mesa para pagamentos com cartão.Enfim, nada é perfeito e adoro estar presente nesses eventos.
Que cresça e continue fazendo bem à muitos como faz para mim!
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
O Natal está chegando!
O Natal está chegando!
Realmente levei um susto hoje ao ver o Shopping Higienópolis decorado!O tempo passa depressa e quando vemos o ano está terminando.
Deveria ser uma época de reflexão, pensamentos de mudanças e perspectivas para o próximo ano.Quarenta dias antes estamos no Advento e muitos esquecem desta data, onde a Mãe de nosso Aniversariante se prepara para a vinda de seu filho:o Menino Jesus.
Será pois 15 de Novembro.Mas, os Bazares de Natal já abriram suas portas com presentes sugestivos,as Exposições se acumulam.Teremos hoje a do Clube Paulista de Jardinagem ,onde entre mesas decoradas e arranjos florais as "Cores Do Brasil" se farão presentes.
As agencias de turismo oferecem "pacotes" de fim de ano e com um nó na garganta nos emocionamos com essa época.Parece que foi ontem, que me preparava para viajar e rever Miami, depois de 9 anos!Já fui,já voltei e isto foi no inicio do mês.
Aproveitei para reviver as deliciosas experiencias que sempre tive alí.
Me perguntaram:Que engraçado,porque Miami?
Não sei explicar!Lá estão em todos os lugares várias Veras.
O sol que ilumina a praia e adormece nas águas cristalinas me trazem ao Universo de alegria.Deleto sequencias que não me fizeram bem, mas afirmo e entro numa esfera de felicidade.Faço de meus passeios excursões ao tempo com a realização de sentir muitos
episodios concluidos ao longo daquela Collins!Sim,ali naquele espaço conclui e tive respostas à muitas perguntas que um dia me questionei.
Mas, o tempo foi formando conceitos e se transformaram em atitudes.
Desta vez me recuperei novamente.Da minha falta de confiança ,dos meus mêdos que apareceram tirando meus passos de seu ritmo.Achei encantos novos e passei por momentos onde as lembranças me faziam sorrir.As novas me faziam rir.
As gaivotas que adoro sobrevoavam minha cabeça ao termino do dia, naquele mar morno e transparente.Piavam me saudando !Talvez achassem que demorei muito para voltar.
Lembrei de minha mãe nos seus ultimos dias no Einstein e DR.Katz sem saber o que falar.Disse à ele:Nós duas sairemos daqui para uma nova vida e trocarei esses pombos pelas gaivotas americanas!E assim foi.Muito tempo se passou desde esse dia,mas lá estão elas para me receber novamente!
Jamais pensei passar um aniversário assim!O presente se misturando com o passado e a
hospitalidade de amigos que me acolheram neste dia de celebração.
Celebrar o Dom da Vida com a magia do Amanhã!
Realmente levei um susto hoje ao ver o Shopping Higienópolis decorado!O tempo passa depressa e quando vemos o ano está terminando.
Deveria ser uma época de reflexão, pensamentos de mudanças e perspectivas para o próximo ano.Quarenta dias antes estamos no Advento e muitos esquecem desta data, onde a Mãe de nosso Aniversariante se prepara para a vinda de seu filho:o Menino Jesus.
Será pois 15 de Novembro.Mas, os Bazares de Natal já abriram suas portas com presentes sugestivos,as Exposições se acumulam.Teremos hoje a do Clube Paulista de Jardinagem ,onde entre mesas decoradas e arranjos florais as "Cores Do Brasil" se farão presentes.
As agencias de turismo oferecem "pacotes" de fim de ano e com um nó na garganta nos emocionamos com essa época.Parece que foi ontem, que me preparava para viajar e rever Miami, depois de 9 anos!Já fui,já voltei e isto foi no inicio do mês.
Aproveitei para reviver as deliciosas experiencias que sempre tive alí.
Me perguntaram:Que engraçado,porque Miami?
Não sei explicar!Lá estão em todos os lugares várias Veras.
O sol que ilumina a praia e adormece nas águas cristalinas me trazem ao Universo de alegria.Deleto sequencias que não me fizeram bem, mas afirmo e entro numa esfera de felicidade.Faço de meus passeios excursões ao tempo com a realização de sentir muitos
episodios concluidos ao longo daquela Collins!Sim,ali naquele espaço conclui e tive respostas à muitas perguntas que um dia me questionei.
Mas, o tempo foi formando conceitos e se transformaram em atitudes.
Desta vez me recuperei novamente.Da minha falta de confiança ,dos meus mêdos que apareceram tirando meus passos de seu ritmo.Achei encantos novos e passei por momentos onde as lembranças me faziam sorrir.As novas me faziam rir.
As gaivotas que adoro sobrevoavam minha cabeça ao termino do dia, naquele mar morno e transparente.Piavam me saudando !Talvez achassem que demorei muito para voltar.
Lembrei de minha mãe nos seus ultimos dias no Einstein e DR.Katz sem saber o que falar.Disse à ele:Nós duas sairemos daqui para uma nova vida e trocarei esses pombos pelas gaivotas americanas!E assim foi.Muito tempo se passou desde esse dia,mas lá estão elas para me receber novamente!
Jamais pensei passar um aniversário assim!O presente se misturando com o passado e a
hospitalidade de amigos que me acolheram neste dia de celebração.
Celebrar o Dom da Vida com a magia do Amanhã!
terça-feira, 26 de julho de 2011
Dia Da Vovó
Hoje dia 26, dia da Sant'Ana avó de Jesus,padroeira de Vargem Grande do Sul, onde tenho meu recanto,onde planto, pinto, sonho, escrevo e realizo meu lado fazendeiro.
Ser avó dizem é ser mãe com açucar.Concordo.Adoro ser avó!Meu neto André me dá alegrias e oportunidades de voltar no tempo.Maria Luiza, tão pequena, com seus olhos de quem descobre me enternece, me traz a meiguice dos bebês.
Fui uma privilegiada com minhas avós.Elas viveram até 85anos e acompanharam todos os meus passos.Desde pequena passava minhas férias com vovó Lulú, mãe de minha mãe e era uma deliciosa sintonia a nossa.Aprendi com ela como permanecer doce.
Não sei se consigo ser tanto quanto ela, mas, lições repetidas, lições aprendidas.
Foi uma guerreira.Casou cedo e separou-se jovem.Naquele tempo um escandalo.Ficou 18 anos paralitica, fazendo exames para se curar, até o dia em que conheceu Dr.Paulo Arruda que lhe disse:Eu curo você!Atravez da hipnose, esse grande psicanalista a curou.
Eu estava aprendendo à andar e pegava na sua mão dizendo:Vem dandá vovó!
Acho que passei a vida dando a mão e dizendo o mesmo à muitos.
Vovó aprendeu novamente à boiar no mar, andar de bicicleta,montar à cavalo. Só não dirigiu mais, pois achava que suas pernas poderiam falhar.Tinha uma fé inabalável e já idosa,foi surpreendida num assalto dentro de casa.Falou tantas maravilhas da vida para o ladrão que ficou sabendo mais tarde que se entregou.
Perdoar meu avô era dificil, mas ela perdoou.Amar era seu lema.A natureza,o sol, a praia, o mar, os verdes e como dizia ela:Os tons de terra!Hah, se ela tivesse a oportunidade de ver as falesias de Natal, onde Ricardo morou!Tons e mais tons!
Hoje era dia que podava roseiras.Com as luvas e um banquinho,cabelos bem curtos, branquinhos,ficava horas com a tesoura podando minhas roseiras da chacara.Elas agradeciam e se vestiam de lindas flores rosa em buques .Hoje estão menos agradecidas.Muito doentinha, já se despedindo de nós, me disse:Deixei agapantos brotados.Replante em circulos.Vai ficar lindo.Assim, eles se tornaram eternizados nos meus lenços de seda,pratos e mesas de porcelana de 1metro de diametro.Deixar nossa marca onde passamos é como selar um compromisso com o universo.Ela selou .Deixou até as roupinhas de lã feitas à mão para meus netos.Lindas!
Vovó faz falta.Meus filhos tiveram esse presente da vida até a adolescencia.
As duas bisas disputando espaço para ama-los, mima-los e curtir momentos.
Vovó Gertrudes, mãe de papai fazia tambem seu tricô ao sol, na chacara e temos suas mantas tecidas com as mãos macias, as mesmas que acariciavam as costas dos meus meninos.Era incrivel!Lutadora, criou papai sòzinha, assim como minha tia.
Quando pequena mamãe marcava um dia para ela me ver.Absurdos de minha mãe.Um dia ela vinha com meu primo Junior, outro com Thais.Adorava ir com ela para casa de minha Tia!
Quando cresci,fui ficando muito apegada à ela.
Ao sair da maternidade com os gemeos ela segurava Andre!
Companheira para todas as horas.Ficava comigo nas viagens de meu marido, me dando segurança,carinho e apoio.Fazia comidas deliciosas e com ela aprendi o cuscuz que faço até hoje na passagem de ano.Rezava muito.Vinha da minha capela com o terço na mão:Não quero ver meu filho morrer.Assim foi.Ela nos deixou em Dezembro.Ele em maio.
Era atendida sempre:vou fazer as nove sexta-feiras para o Junior, depois é você.
Amava muito!Nunca vi vovó com preguiça.Vamos fazer o almoço para a familia de seu marido!Olha que eram 60!!Adorava um cabelo bem feito, unhas arrumadas e ótimos sapatos.
Muito vaidosa,minha vovó!
Brigava como criança nos jogos de baralho com os meninos.
Não se deixava abater.Era objetiva,pratica e tinha sempre um foco.Mesmo pequeno, ele se tornava o futuro à ser alcançado.
Se me perguntarem hoje:Que quer ser como avó?Eu diria:quero ser como as minhas.
Que a doçura de uma e a objetividade da outra se misturem em mim e nesta mescla eu possa fazer meu caminho cheio de marcas lindas e enesqueciveis .
Meus netos:obrigada por me darem esse titulo,prometo corresponder à esse Presente!
Ser avó dizem é ser mãe com açucar.Concordo.Adoro ser avó!Meu neto André me dá alegrias e oportunidades de voltar no tempo.Maria Luiza, tão pequena, com seus olhos de quem descobre me enternece, me traz a meiguice dos bebês.
Fui uma privilegiada com minhas avós.Elas viveram até 85anos e acompanharam todos os meus passos.Desde pequena passava minhas férias com vovó Lulú, mãe de minha mãe e era uma deliciosa sintonia a nossa.Aprendi com ela como permanecer doce.
Não sei se consigo ser tanto quanto ela, mas, lições repetidas, lições aprendidas.
Foi uma guerreira.Casou cedo e separou-se jovem.Naquele tempo um escandalo.Ficou 18 anos paralitica, fazendo exames para se curar, até o dia em que conheceu Dr.Paulo Arruda que lhe disse:Eu curo você!Atravez da hipnose, esse grande psicanalista a curou.
Eu estava aprendendo à andar e pegava na sua mão dizendo:Vem dandá vovó!
Acho que passei a vida dando a mão e dizendo o mesmo à muitos.
Vovó aprendeu novamente à boiar no mar, andar de bicicleta,montar à cavalo. Só não dirigiu mais, pois achava que suas pernas poderiam falhar.Tinha uma fé inabalável e já idosa,foi surpreendida num assalto dentro de casa.Falou tantas maravilhas da vida para o ladrão que ficou sabendo mais tarde que se entregou.
Perdoar meu avô era dificil, mas ela perdoou.Amar era seu lema.A natureza,o sol, a praia, o mar, os verdes e como dizia ela:Os tons de terra!Hah, se ela tivesse a oportunidade de ver as falesias de Natal, onde Ricardo morou!Tons e mais tons!
Hoje era dia que podava roseiras.Com as luvas e um banquinho,cabelos bem curtos, branquinhos,ficava horas com a tesoura podando minhas roseiras da chacara.Elas agradeciam e se vestiam de lindas flores rosa em buques .Hoje estão menos agradecidas.Muito doentinha, já se despedindo de nós, me disse:Deixei agapantos brotados.Replante em circulos.Vai ficar lindo.Assim, eles se tornaram eternizados nos meus lenços de seda,pratos e mesas de porcelana de 1metro de diametro.Deixar nossa marca onde passamos é como selar um compromisso com o universo.Ela selou .Deixou até as roupinhas de lã feitas à mão para meus netos.Lindas!
Vovó faz falta.Meus filhos tiveram esse presente da vida até a adolescencia.
As duas bisas disputando espaço para ama-los, mima-los e curtir momentos.
Vovó Gertrudes, mãe de papai fazia tambem seu tricô ao sol, na chacara e temos suas mantas tecidas com as mãos macias, as mesmas que acariciavam as costas dos meus meninos.Era incrivel!Lutadora, criou papai sòzinha, assim como minha tia.
Quando pequena mamãe marcava um dia para ela me ver.Absurdos de minha mãe.Um dia ela vinha com meu primo Junior, outro com Thais.Adorava ir com ela para casa de minha Tia!
Quando cresci,fui ficando muito apegada à ela.
Ao sair da maternidade com os gemeos ela segurava Andre!
Companheira para todas as horas.Ficava comigo nas viagens de meu marido, me dando segurança,carinho e apoio.Fazia comidas deliciosas e com ela aprendi o cuscuz que faço até hoje na passagem de ano.Rezava muito.Vinha da minha capela com o terço na mão:Não quero ver meu filho morrer.Assim foi.Ela nos deixou em Dezembro.Ele em maio.
Era atendida sempre:vou fazer as nove sexta-feiras para o Junior, depois é você.
Amava muito!Nunca vi vovó com preguiça.Vamos fazer o almoço para a familia de seu marido!Olha que eram 60!!Adorava um cabelo bem feito, unhas arrumadas e ótimos sapatos.
Muito vaidosa,minha vovó!
Brigava como criança nos jogos de baralho com os meninos.
Não se deixava abater.Era objetiva,pratica e tinha sempre um foco.Mesmo pequeno, ele se tornava o futuro à ser alcançado.
Se me perguntarem hoje:Que quer ser como avó?Eu diria:quero ser como as minhas.
Que a doçura de uma e a objetividade da outra se misturem em mim e nesta mescla eu possa fazer meu caminho cheio de marcas lindas e enesqueciveis .
Meus netos:obrigada por me darem esse titulo,prometo corresponder à esse Presente!
segunda-feira, 25 de julho de 2011
A Turma Da Planonda
Quem já ouviu falar em Planonda?Pois é!Era assim que chamavamos as pranchas de pegar onda!Doces tempos onde o Guarujá era uma criança e nós seus bebês preferidos.
A enseada muito deserta com poucas casas e onde faziamos nossa colheita de cajus à tarde, o sol descendo, as gargalhadas,todos de bicicleta!Quase ao pé do morro o "Borboleta", um bar de emergencia, pois não havia 24 Horas naquele tempo!Olha que não sou tão velha assim, mas contando nossas escaladas no Morro do Maluf,nossas pescarias ou de balde na mão pegando siri à tardinha vou sentindo que o tempo passou depressa demais.
Tudo mudou!Éramos felizes,seguros e inocentes.Uma infancia feita de elos de amizade,vendo papai andando com Bié e Sr.Chede,Algodoal,Dirce contando piadas com Estefano,mamãe estendida ao sol sem medo , Tia Dedê brigando com Paulo Vicente para por o boné.Meu primo,que foi tão cedo!Ele arreliava com todos e junto com Xita levava ovos de lagartixa para me enganar dizendo ser pedrinhas.Ao apetar era aquela risada!Eu não ligava.Adorava os dois.Paulo Vicente se tornou mais tarde um grande médico Patologista e Xita;Dr.Francisco o grande psiquiatra.Hoje seria aniversário de Paulo Vicente,que adoeceu muito cedo, com problemas renais e depois do transplante não resistiu.Estava numa fase dificil da minha vida com filhos adolescentes, marido ciumento das amizades ..Mas, o que resta é essa lembrança de tantos momentos de alegria,música, livros, risadas.Saiamos de manhã depois do café e passavamos na casa de D.Dora,onde vinha Cristina minha amiga nos acompanhar.Familia grande :Cristina, Xita, Ricardo, Dorinha,Guilherme.A turma ia aumentando e chegavamos na casa de D.Amélia;Magaly da minha idade e os mais novos Jaime,Jane, Sidney,Suzy.Havia uma barraca na praia esperando, D.Amélia não descuidava dos sucos e salgados.
Fartura era com ela!Festas com iguarias italianas e árabes!Que delicia!Ninguem pensava em regime, colasterol,tricliceres.Um paraiso!
As brincadeiras eram muitas e faziamos corridas de bicicleta até as Tartarugas com Suzy de velocipede atraz!Muito bom!Sidney era brincalhão!Com aqueles olhos risonhos que tem até hoje!
As tardes chuvosas eram tambem uma delicia, sem perceber o frio, olhavamos aquele mar cinzento,sentavamos na areia com o violão e tocavamos.Cristina era melhor que eu mas faziamos uma boa dupla em frances que era moda. Le garçon ...
Á noite os adultos estavam exaustos em nos acompanhar e ficavam felizes que D. Amelia e S.Chede nos levavam para o cinema na "cidade".Gente que engraçado!
As meninas todas lindas com sapatos da Durá,os meninos fazendo algazarra e D. Amelia dormindo lá atraz o sono dos justos.
Perdemos muitos amigos daquele tempo além de Paulo Vicente:Leda, Cristina
O tempo levou cada um para um destino:Suzy nos E.U ,Sidney idem,Magaly para o Rio.
Jaime e Jane em São Paulo como eu, mas nos vemos raramente.
Mas, um acontecimento feliz nos reuniu, A Turma da Planonda foi à uma festa de casamento no Iate Clube do Rio De Janeiro, na Urca.Alexandre, filho de Magaly casando com Natalia.Lindos noivos!Romanticos!
Privilegio que não esquecerei jamais.Aquelas crianças crescidas,que somos nós, no meu caso já vovó,juntos comemorando este momento tão importante .
A noite amena com luzes e flores coloridas,onde as gerberas se misturavam aos lirios e boca de leão nas mesas.A capela com velas nos castiçais formando alas .A música, a magia.
A noiva com seu vestido original, elegante, parecia estar flutuando ao caminhar.
Uma tiara delicada como ela nos cabelos ,apenas uma flor.
Assim foi que depois de muitas gripes e nites me senti vencedora por estar ali.
Agradecida por poder compartilhar a vida que vai nos mostrando o crescimento e presenteando com essas delicadezas.
A Turma da Planonda cresceu!
O universo nos uniu novamente e não podemos deixar de nos emocionar!
De repente parecia que papai ria com S.Chede , mamãe dava receitas para D. Amelia e Dirce fazia festas à fantasia de papel crepon!
O eterno se fez presente neste presente que foi o casamento de Natalia e Alexandre.
Maga!Deixa lavar minha planonda!
A enseada muito deserta com poucas casas e onde faziamos nossa colheita de cajus à tarde, o sol descendo, as gargalhadas,todos de bicicleta!Quase ao pé do morro o "Borboleta", um bar de emergencia, pois não havia 24 Horas naquele tempo!Olha que não sou tão velha assim, mas contando nossas escaladas no Morro do Maluf,nossas pescarias ou de balde na mão pegando siri à tardinha vou sentindo que o tempo passou depressa demais.
Tudo mudou!Éramos felizes,seguros e inocentes.Uma infancia feita de elos de amizade,vendo papai andando com Bié e Sr.Chede,Algodoal,Dirce contando piadas com Estefano,mamãe estendida ao sol sem medo , Tia Dedê brigando com Paulo Vicente para por o boné.Meu primo,que foi tão cedo!Ele arreliava com todos e junto com Xita levava ovos de lagartixa para me enganar dizendo ser pedrinhas.Ao apetar era aquela risada!Eu não ligava.Adorava os dois.Paulo Vicente se tornou mais tarde um grande médico Patologista e Xita;Dr.Francisco o grande psiquiatra.Hoje seria aniversário de Paulo Vicente,que adoeceu muito cedo, com problemas renais e depois do transplante não resistiu.Estava numa fase dificil da minha vida com filhos adolescentes, marido ciumento das amizades ..Mas, o que resta é essa lembrança de tantos momentos de alegria,música, livros, risadas.Saiamos de manhã depois do café e passavamos na casa de D.Dora,onde vinha Cristina minha amiga nos acompanhar.Familia grande :Cristina, Xita, Ricardo, Dorinha,Guilherme.A turma ia aumentando e chegavamos na casa de D.Amélia;Magaly da minha idade e os mais novos Jaime,Jane, Sidney,Suzy.Havia uma barraca na praia esperando, D.Amélia não descuidava dos sucos e salgados.
Fartura era com ela!Festas com iguarias italianas e árabes!Que delicia!Ninguem pensava em regime, colasterol,tricliceres.Um paraiso!
As brincadeiras eram muitas e faziamos corridas de bicicleta até as Tartarugas com Suzy de velocipede atraz!Muito bom!Sidney era brincalhão!Com aqueles olhos risonhos que tem até hoje!
As tardes chuvosas eram tambem uma delicia, sem perceber o frio, olhavamos aquele mar cinzento,sentavamos na areia com o violão e tocavamos.Cristina era melhor que eu mas faziamos uma boa dupla em frances que era moda. Le garçon ...
Á noite os adultos estavam exaustos em nos acompanhar e ficavam felizes que D. Amelia e S.Chede nos levavam para o cinema na "cidade".Gente que engraçado!
As meninas todas lindas com sapatos da Durá,os meninos fazendo algazarra e D. Amelia dormindo lá atraz o sono dos justos.
Perdemos muitos amigos daquele tempo além de Paulo Vicente:Leda, Cristina
O tempo levou cada um para um destino:Suzy nos E.U ,Sidney idem,Magaly para o Rio.
Jaime e Jane em São Paulo como eu, mas nos vemos raramente.
Mas, um acontecimento feliz nos reuniu, A Turma da Planonda foi à uma festa de casamento no Iate Clube do Rio De Janeiro, na Urca.Alexandre, filho de Magaly casando com Natalia.Lindos noivos!Romanticos!
Privilegio que não esquecerei jamais.Aquelas crianças crescidas,que somos nós, no meu caso já vovó,juntos comemorando este momento tão importante .
A noite amena com luzes e flores coloridas,onde as gerberas se misturavam aos lirios e boca de leão nas mesas.A capela com velas nos castiçais formando alas .A música, a magia.
A noiva com seu vestido original, elegante, parecia estar flutuando ao caminhar.
Uma tiara delicada como ela nos cabelos ,apenas uma flor.
Assim foi que depois de muitas gripes e nites me senti vencedora por estar ali.
Agradecida por poder compartilhar a vida que vai nos mostrando o crescimento e presenteando com essas delicadezas.
A Turma da Planonda cresceu!
O universo nos uniu novamente e não podemos deixar de nos emocionar!
De repente parecia que papai ria com S.Chede , mamãe dava receitas para D. Amelia e Dirce fazia festas à fantasia de papel crepon!
O eterno se fez presente neste presente que foi o casamento de Natalia e Alexandre.
Maga!Deixa lavar minha planonda!
sábado, 21 de maio de 2011
Mágico Momento
Depois de tantos dias cinzentos e frios o sol se manifesta!
Na parte da tarde ele bate no meu quarto.
Abro a janela,subindo as persianas e olho o predio em frente onde quando adolescente era vigiada pelo namorado de lunetas.Era um tempo bom,onde nossa turminha se reunia para bater papo lá no jardim ou no primeiro andar.Não consigo mais avistar como antigamente o morro do Jaraguá que me inspirou aquarelas lindas ao Por do Sol.Os predios serpenteiam o horizonte e o máximo que posso alcançar é o Clube Palmeiras com seu estádio .
Da menina de 11 anos que aqui se reunia com as amigas mascando chiclete e ouvindo Rock,colocando fotos de Alain Delon por baixo do vidro da escrivaninha,vai uma longa distancia.
Não tão longa que as lembranças fiquem amortizadas.Num mágico momento de olhos fechados,recostada na minha cama larga,pernas estiradas,repouso.O sol toma espaço dentro do quarto e cobre meu rosto aquecendo meus cabelos.Fico então sem perceber num relax total.
O tempo não existe e parece que mamãe conversa com meu pai, estamos indo para o clube,
Maria Helena chega,papai nos convida para um cinema depois e um jantar na D.Beth(o restaurante chinês preferido, perto do Santa Marcelina.)Lembro então e nossas gargalhadas,dançando ou ouvindo Johnny Mathis:Chances Are..
Até bem pouco ainda via seu laser disc entusiasmada, mas como tudo é muito depressa
Virou DVD,o que tambem adoro.
Um perfume de Lavander no ar!Mas desta vez não é English Lavander, mas o aroma de ambiente que uso.Minha avó tricotava com os oculos caidos como eu agora.
O telefone tocava, Maria Natal combinava o almoço para domingo.Linda !
O barulho das crianças brincando lá no patio continua o mesmo.Papai entrava assobiando para avisar.Fi,Fiuu!Era bem diferente de Jerry:Fu,Fi ,Fiuu...
Não dava para trocar.Um estava entrando outro lá no jardim esperando.
O sol vai diminuindo e acordo do meu sonho.Penso na chegada de minha neta Maria Luiza
(o mesmo nome da filha de meu primo Paulo Vicente)Ela vai nascer brevemente!
A primeira mulher depois de Thais minha prima.Agora nós duas teremos uma companheira para nos entender.E ver vitrine talvez.Uma familia italiana cheia de homens vai recepcionar uma menina!Vamos ver como será!
Para mim,uma emoção espetacular e as lágrimas rolam então no rosto aquecido pelo sol.
Jerry tambem é avô!E de uma menina!Fu,fi, fiuuu..
Levanto para fechar a janela.A do quarto e a da alma saudosa.Só não fecho a do coração.Esta estará bem aberta para sua chegada, minha querida,seja Bem-vinda!
Na parte da tarde ele bate no meu quarto.
Abro a janela,subindo as persianas e olho o predio em frente onde quando adolescente era vigiada pelo namorado de lunetas.Era um tempo bom,onde nossa turminha se reunia para bater papo lá no jardim ou no primeiro andar.Não consigo mais avistar como antigamente o morro do Jaraguá que me inspirou aquarelas lindas ao Por do Sol.Os predios serpenteiam o horizonte e o máximo que posso alcançar é o Clube Palmeiras com seu estádio .
Da menina de 11 anos que aqui se reunia com as amigas mascando chiclete e ouvindo Rock,colocando fotos de Alain Delon por baixo do vidro da escrivaninha,vai uma longa distancia.
Não tão longa que as lembranças fiquem amortizadas.Num mágico momento de olhos fechados,recostada na minha cama larga,pernas estiradas,repouso.O sol toma espaço dentro do quarto e cobre meu rosto aquecendo meus cabelos.Fico então sem perceber num relax total.
O tempo não existe e parece que mamãe conversa com meu pai, estamos indo para o clube,
Maria Helena chega,papai nos convida para um cinema depois e um jantar na D.Beth(o restaurante chinês preferido, perto do Santa Marcelina.)Lembro então e nossas gargalhadas,dançando ou ouvindo Johnny Mathis:Chances Are..
Até bem pouco ainda via seu laser disc entusiasmada, mas como tudo é muito depressa
Virou DVD,o que tambem adoro.
Um perfume de Lavander no ar!Mas desta vez não é English Lavander, mas o aroma de ambiente que uso.Minha avó tricotava com os oculos caidos como eu agora.
O telefone tocava, Maria Natal combinava o almoço para domingo.Linda !
O barulho das crianças brincando lá no patio continua o mesmo.Papai entrava assobiando para avisar.Fi,Fiuu!Era bem diferente de Jerry:Fu,Fi ,Fiuu...
Não dava para trocar.Um estava entrando outro lá no jardim esperando.
O sol vai diminuindo e acordo do meu sonho.Penso na chegada de minha neta Maria Luiza
(o mesmo nome da filha de meu primo Paulo Vicente)Ela vai nascer brevemente!
A primeira mulher depois de Thais minha prima.Agora nós duas teremos uma companheira para nos entender.E ver vitrine talvez.Uma familia italiana cheia de homens vai recepcionar uma menina!Vamos ver como será!
Para mim,uma emoção espetacular e as lágrimas rolam então no rosto aquecido pelo sol.
Jerry tambem é avô!E de uma menina!Fu,fi, fiuuu..
Levanto para fechar a janela.A do quarto e a da alma saudosa.Só não fecho a do coração.Esta estará bem aberta para sua chegada, minha querida,seja Bem-vinda!
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Circolo Italiano
Tenho um primo, sabio e homeopata que diz sobre os beneficios de uma gripe.
No meu caso,tem sido vasculhar e encontrar pedaços de uma história.
No cotidiano muitas vezes passo na frente do Consulado Italiano.Paro,observo, lembro dos tempos onde almoçavamos aos domingos a deliciosa comida de D.Rosa e de minha festa de debutante,quando então esta casa era o clube.Está no meio da Higienopolis,rodeado de predios e obscurecido com seu jardim antigo.
Abro meu diario e releio as minhas considerações sobre aquele dia .
Tavares de Miranda escreveu sobre a mesma:São Paulo é Assim-Pela primeira vez o Circolo Italiano apresenta suas debs.Foi uma noite de sonho com o presidente Andrea Ippolito recebendo cumprimentos pelo sucesso.No domingo darei mais detalhes.
Lembro de uma das meninas dizendo:Mamãe como é bom dançar com o Tavares!
Ele era bem conhecido de meu pai e um colunista maravilhoso.Não se ofendeu por termos escolhido para padrinho Alessandro Porro.Saimos no jornal na Italia:Dieci con Lode Al ballo delle"debuttanti".Era o primeiro no clube e apenas sete .
Para uma jovem de 15 anos meu texto impressiona pela força das emoções.
Sempre as emoções dominando.Num São Paulo muito diferente.
"Era noite.O céu estava repleto de pequenas estrelas tremulas como meu coração.A alegria do momento enquanto eramos fotografadas jamais esquecerei.
A felicidade era tanta que poderiamos distribui-la.
As risadinhas espaçadas,as mãos tremulas seguravam rosas brancas amarradas com um laço côr de rosa que caia em pontas.
O momento principal chegava.
O órgão tocava,nosso mestre de cerimonias fazia um breve discurso.Alessandro Porro.
Nós ficavamos cada vez mais nervosas.
A primeira debutante entrou. Em seguida no meio daquela musica que me emocionava olhei as velinhas acesas na escuridão do salão.Com as mãos tremulas entrei e esqueci de fazer a reverencia que tinhamos ensaiado.Meus labios se abriram num sorriso.
Desci os degraus da pasarela.Uma sensação estonteante se apoderou de mim.Felicidade.Vagarasomente andando pelo salão com meu pai,fiquei sabendo do meu esquecimento.Havia censura na sua voz.Desejei estar à mil kilometros dali.
Enquanto dançavamos a valsa,me sentia culpada e minha fisionomia infeliz.
Mas sorria.Quanto compreendi então.Na verdade parecendo fria, sou muito sensivel.Enquanto dançava avistei o importante cronista Tavares De Miranda e nos seus olhos vi uma luz de simpatia.Dei á ele o mais agradecido sorriso.
Ao chegar em minha mesa, lá estava meu primo, minha mãe um grande poeta Edmundo e seu amigo.Recebi uma poesia de presente.
Todos acharam que me sai bem.Ainda estava nervosa quando o reporter veio me entrevistar.As pessoas se aproximavam com elogios e fui esquecendo o ocorrido.
Pulamos carnaval até as4 da manhã.Quando saimos era madrugada e orvalho frio caia sobre São Paulo.Os carros parados, as ruas silenciosas .Um frescor,um perfume penetrou em mim.Dama da Noite.
Nunca mais esquecerei esses momentos sublimes.Senhora Candotti tão amiga.Mirella,Thais,Paola,Suzana,Gabriella e Lilia.
Cada vez que aqui passar sentirei as mesmas emoções.Elas se repetirão em mim e eu ficarei feliz."
Tenho a impressão que Higienopolis faz parte de mim desde aquele tempo.
No momento se briga pelo metrô na Angelica.E dizer que ele estará à dois passos desta historia que escrevi aos meus 15 anos!
No meu caso,tem sido vasculhar e encontrar pedaços de uma história.
No cotidiano muitas vezes passo na frente do Consulado Italiano.Paro,observo, lembro dos tempos onde almoçavamos aos domingos a deliciosa comida de D.Rosa e de minha festa de debutante,quando então esta casa era o clube.Está no meio da Higienopolis,rodeado de predios e obscurecido com seu jardim antigo.
Abro meu diario e releio as minhas considerações sobre aquele dia .
Tavares de Miranda escreveu sobre a mesma:São Paulo é Assim-Pela primeira vez o Circolo Italiano apresenta suas debs.Foi uma noite de sonho com o presidente Andrea Ippolito recebendo cumprimentos pelo sucesso.No domingo darei mais detalhes.
Lembro de uma das meninas dizendo:Mamãe como é bom dançar com o Tavares!
Ele era bem conhecido de meu pai e um colunista maravilhoso.Não se ofendeu por termos escolhido para padrinho Alessandro Porro.Saimos no jornal na Italia:Dieci con Lode Al ballo delle"debuttanti".Era o primeiro no clube e apenas sete .
Para uma jovem de 15 anos meu texto impressiona pela força das emoções.
Sempre as emoções dominando.Num São Paulo muito diferente.
"Era noite.O céu estava repleto de pequenas estrelas tremulas como meu coração.A alegria do momento enquanto eramos fotografadas jamais esquecerei.
A felicidade era tanta que poderiamos distribui-la.
As risadinhas espaçadas,as mãos tremulas seguravam rosas brancas amarradas com um laço côr de rosa que caia em pontas.
O momento principal chegava.
O órgão tocava,nosso mestre de cerimonias fazia um breve discurso.Alessandro Porro.
Nós ficavamos cada vez mais nervosas.
A primeira debutante entrou. Em seguida no meio daquela musica que me emocionava olhei as velinhas acesas na escuridão do salão.Com as mãos tremulas entrei e esqueci de fazer a reverencia que tinhamos ensaiado.Meus labios se abriram num sorriso.
Desci os degraus da pasarela.Uma sensação estonteante se apoderou de mim.Felicidade.Vagarasomente andando pelo salão com meu pai,fiquei sabendo do meu esquecimento.Havia censura na sua voz.Desejei estar à mil kilometros dali.
Enquanto dançavamos a valsa,me sentia culpada e minha fisionomia infeliz.
Mas sorria.Quanto compreendi então.Na verdade parecendo fria, sou muito sensivel.Enquanto dançava avistei o importante cronista Tavares De Miranda e nos seus olhos vi uma luz de simpatia.Dei á ele o mais agradecido sorriso.
Ao chegar em minha mesa, lá estava meu primo, minha mãe um grande poeta Edmundo e seu amigo.Recebi uma poesia de presente.
Todos acharam que me sai bem.Ainda estava nervosa quando o reporter veio me entrevistar.As pessoas se aproximavam com elogios e fui esquecendo o ocorrido.
Pulamos carnaval até as4 da manhã.Quando saimos era madrugada e orvalho frio caia sobre São Paulo.Os carros parados, as ruas silenciosas .Um frescor,um perfume penetrou em mim.Dama da Noite.
Nunca mais esquecerei esses momentos sublimes.Senhora Candotti tão amiga.Mirella,Thais,Paola,Suzana,Gabriella e Lilia.
Cada vez que aqui passar sentirei as mesmas emoções.Elas se repetirão em mim e eu ficarei feliz."
Tenho a impressão que Higienopolis faz parte de mim desde aquele tempo.
No momento se briga pelo metrô na Angelica.E dizer que ele estará à dois passos desta historia que escrevi aos meus 15 anos!
sábado, 14 de maio de 2011
Muito tempo sem dar meu recado!Passou Dia das Mães e a gripe me pegou desprevenida.
Mas, então enquanto sonho, leio, vejo fotos e releio diarios de viagem.Meus e de minha mãe.O Roteiro das Viuvas é bastante engraçado e nele a melancolia e saudades de meu pai me levaram às lágrimas.De fato era um companheiro de viagem maravilhoso,entusiasmado e cheio de humor.Meu pai era engraçado e muito realista.Ela sonhadora.Tinha mêdo de avião e ele dizia:Que bobagem,se cair morremos juntos!Isso não foi barreira para as inumeras viagens que realizaram.Adoravam comer bem,descobrir lugares novos e antes de tudo já haviam pesquizado e estudado o suficiente
Foi então muito duro para ela sair sòzinha pelos mesmos destinos.
Acho que sentiria o mesmo.Unforgattable!
Sendo assim ficou em mim esta maravilhosa herança.Aquela que ninguem é capaz de tirar.
Lendo meu diario de Ilhas Virgens,me deu muitas saudades.Havia passado por uma gripe interminavel como esssa e logo que fiquei boa vooei para Miami.Lá se vão 10 anos!
Minha amiga Rosalia conseguiu um lindo cruzeiro para mim e vou deixar aqui hoje a poesia que me inspirou aquele momento.Tinha bons motivos para estar lá,pois uma amiga americana se casava e um amigo brasileiro se despedia com muita coragem de seu alto cargo num banco americano para encarar o Brasil que dá certo.
Foi tudo belissimo,a festa, o discurso,as pessoas,o bar com os amigos dentro do Mandarin.DEpois o casamento de Emelie,que me tocou o coração e a alma.
No final do cruzeiro escrevi
Mar
Me despeço
Agora
Nesta hora
De retornar
Mar
Você que é profundo
Como coração
Do mundo
Continua
Pulsar
Onda vai
Onda vem
Bate sem
Parar
Vida que esconde
Lá no fundo
A riqueza
Das cores
Em movimento
A vagar
Te prometo
Ei de voltar
A te encontrar
Acho que vou cumprir a promessa!
Mas, então enquanto sonho, leio, vejo fotos e releio diarios de viagem.Meus e de minha mãe.O Roteiro das Viuvas é bastante engraçado e nele a melancolia e saudades de meu pai me levaram às lágrimas.De fato era um companheiro de viagem maravilhoso,entusiasmado e cheio de humor.Meu pai era engraçado e muito realista.Ela sonhadora.Tinha mêdo de avião e ele dizia:Que bobagem,se cair morremos juntos!Isso não foi barreira para as inumeras viagens que realizaram.Adoravam comer bem,descobrir lugares novos e antes de tudo já haviam pesquizado e estudado o suficiente
Foi então muito duro para ela sair sòzinha pelos mesmos destinos.
Acho que sentiria o mesmo.Unforgattable!
Sendo assim ficou em mim esta maravilhosa herança.Aquela que ninguem é capaz de tirar.
Lendo meu diario de Ilhas Virgens,me deu muitas saudades.Havia passado por uma gripe interminavel como esssa e logo que fiquei boa vooei para Miami.Lá se vão 10 anos!
Minha amiga Rosalia conseguiu um lindo cruzeiro para mim e vou deixar aqui hoje a poesia que me inspirou aquele momento.Tinha bons motivos para estar lá,pois uma amiga americana se casava e um amigo brasileiro se despedia com muita coragem de seu alto cargo num banco americano para encarar o Brasil que dá certo.
Foi tudo belissimo,a festa, o discurso,as pessoas,o bar com os amigos dentro do Mandarin.DEpois o casamento de Emelie,que me tocou o coração e a alma.
No final do cruzeiro escrevi
Mar
Me despeço
Agora
Nesta hora
De retornar
Mar
Você que é profundo
Como coração
Do mundo
Continua
Pulsar
Onda vai
Onda vem
Bate sem
Parar
Vida que esconde
Lá no fundo
A riqueza
Das cores
Em movimento
A vagar
Te prometo
Ei de voltar
A te encontrar
Acho que vou cumprir a promessa!
quarta-feira, 9 de março de 2011
A Colombo é um assombro!
Destas minhas andanças de navio, a primeira surpresa foi a visita à Colombo.Paramos bem perto da Rio Branco e minha amiga e eu fomos à pé naquele calor de36 graus.
Fazia anos que desejava este retorno ao passado.Tinha ido ao de Copacabana,mas o meu coração queria reencontrar aqueles espelhos,as mesmas arandelas,as mesinhas com suas cadeiras repousando no piso de azulejo hidraulico desenhado como meus sonhos de menina.O mobiliario de contos de fada.
Era um passeio que na infancia me fascinava!Ali encontavamos amigos para almoçar e eu me sentia meio princesa naquela sala de cima como se estivesse no tempo do imperio.Meus pais sabiam disso e assim eram constantes nossas visitas.
Entramos e logo, minha amiga que escreve livros de pesquisa sobre gastronomia,foi identificada pelo Chef Renato Freire.Ouvia atenta aquelas iguarias de que falavam e como adoro cozinhar não perdia nada.Os espelhos gigantescos refletiam o tempo que não passou.Tudo era exatamente como antes e as luzes fracas davam um ar de época.
Belle Époque diria.Um vozerio de idas e vindas com o eco que se formava pela acustica.
Encantada e envolvida por toda essa magia resolvi almoçar .Visitamos a sala nobre onde cristais se misturam ás louças antigas .Sentei bem rente ao balaustre para admirar o movimento lá embaixo e ao som de um piano romantico,experimentei as delicias do Chef Renato,que com sua simpatia me ofereceu um delicioso e crocante couvert.Feito de polvilho,segredo de quem sabe criar na arte culinaria.
As vasilhas de prata ofereciam de Bobó de Camarão à Arroz de Ossobuco.Divino!
Olhei as saladas com falta de entusiasmo,pois eram os pratos quentes que me chamaram atenção.
Este almoço foi um marco da minha viagem.O retorno á antiga Colombo com seu glamour,sua musica, sua hospitalidade jamais sairão da minha mente e do meu coração.
Acreditar que nos tempos do Hoje podemos fazer uma pausa e sentir o Passado.
Passado resgatado com a ternura de todos que fazem da Colombo um assombro.
Parabéns à todos que preservam esse patrimonio!
E que as oportunidades sejam muitas de voltar!
Fazia anos que desejava este retorno ao passado.Tinha ido ao de Copacabana,mas o meu coração queria reencontrar aqueles espelhos,as mesmas arandelas,as mesinhas com suas cadeiras repousando no piso de azulejo hidraulico desenhado como meus sonhos de menina.O mobiliario de contos de fada.
Era um passeio que na infancia me fascinava!Ali encontavamos amigos para almoçar e eu me sentia meio princesa naquela sala de cima como se estivesse no tempo do imperio.Meus pais sabiam disso e assim eram constantes nossas visitas.
Entramos e logo, minha amiga que escreve livros de pesquisa sobre gastronomia,foi identificada pelo Chef Renato Freire.Ouvia atenta aquelas iguarias de que falavam e como adoro cozinhar não perdia nada.Os espelhos gigantescos refletiam o tempo que não passou.Tudo era exatamente como antes e as luzes fracas davam um ar de época.
Belle Époque diria.Um vozerio de idas e vindas com o eco que se formava pela acustica.
Encantada e envolvida por toda essa magia resolvi almoçar .Visitamos a sala nobre onde cristais se misturam ás louças antigas .Sentei bem rente ao balaustre para admirar o movimento lá embaixo e ao som de um piano romantico,experimentei as delicias do Chef Renato,que com sua simpatia me ofereceu um delicioso e crocante couvert.Feito de polvilho,segredo de quem sabe criar na arte culinaria.
As vasilhas de prata ofereciam de Bobó de Camarão à Arroz de Ossobuco.Divino!
Olhei as saladas com falta de entusiasmo,pois eram os pratos quentes que me chamaram atenção.
Este almoço foi um marco da minha viagem.O retorno á antiga Colombo com seu glamour,sua musica, sua hospitalidade jamais sairão da minha mente e do meu coração.
Acreditar que nos tempos do Hoje podemos fazer uma pausa e sentir o Passado.
Passado resgatado com a ternura de todos que fazem da Colombo um assombro.
Parabéns à todos que preservam esse patrimonio!
E que as oportunidades sejam muitas de voltar!
terça-feira, 8 de março de 2011
Fotos de um futuro Texto
Aqui vão as fotos do Mariner navegando, a vista da varanda da cabine,chegada ao Rio e a Colombo que tantas saudades me traz.Saçaricar é um termo antigo mas que é tema de uma musica carnavalesca que adorava quando criança.Colocarei mais fotos deste patrimonio historico, onde Santos Dumont tinha seu lugar predileto e muitas outras personalidades .Na sala reservada aos cristais e antiguidades,uma foto de Virginia Lane cantando Saçaçaricando,todo mundo leva vida no arame...
E por sinal, segundo o chef,ela vai lá toda semana!
E por sinal, segundo o chef,ela vai lá toda semana!
Navegando:Mariner e Splendour
Navegar é preciso!!
Fotos do Mariner Of The Seas
Promenade,chegada no Rio,vista da cabine
É na Colombo!Sassaricando!!
Dia Internacional Da Mulher
Dia 8 de Março
Todos já conhecem a velha história deste dia, onde um incendio provocado por um empresário destruiu sua fabrica,onde muitas mulheres morreram em consequencia da inconsequencia deste ato.Assim nasceu este dia.
Homenagem à mulher que vai à luta,ao trabalho,assume a vida como ela se apresenta.
Nossa ideia sobre mulheres é sempre ligada á feminilidade,à vaidade,aos sonhos,ao romantismo.Muitas vezes esquecemos de que nossas heroinas não tinham muito tempo para pensar nisso,mas sem abandonar a feminilidade fizeram na Historia do Mundo a diferença.Elas governavam sem aparecer, como Josefina com Napoleão se dedicavam á ciencia como Mme Curie,se sobressaiam nas artes como Camile Claudel com seu famoso Rodin
Elas ultrapassavam os limites que eram impostos á mulher.Na literatura.Chegamos à ver
absurdos como George Sand que foi obrigada à se vestir com trajes masculinos desde pequena,para assumir uma conduta viril,imposta pela sociedade da época.Lutou contra a autoridade masculina para liberar as mulheres e assegurar a liberdade de seus corpos e seus sentimentos.
Muito se tem dito desta força que vem da mulher apesar de sua fragilidade.
Sim, a mulher é frágil e talvez por isso vemos nos quadros Nossa Senhora com um aspecto doce,sem lembrar que foi guerreira o bastante para assumir sua história e viver os maiores conflitos.Desde a sua visita à Isabel,sòzinha ,léguas de distancia com um burrinho como transporte.Uma pioneira,com autoridade suficiente para dar ordem à Jesus que transformasse a agua em vinho.Assim começou os milagres do Filho De Deus.
O inicio de todas as idéias são gestadas e geradas e dar à luz significa fazer delas realidade.Fazer a realidade se perpetuar,o mundo continuar,foi um presente dado à mulher.Dar a luz.
Prosseguir.
Das mais humildes às mais poderosas,de todas as raças e ideologias a mulher pode liderar.Do simples mundo familiar aos diversos mundos onde se direcionam.
Ser lider é mandar com amor.Ser ditador é impor.
Portanto nossas mulheres modernas com o poder nas mãos precisam se valer da origem feminina antes de qualquer decisão, pois é ela o amor com A maiusculo.
Na minha vida muitas passaram com esse A maisculo.Minhas avós, tias, primas,amigas que se foram com minha mãe.Muitas mulheres fazem parte do meu mundo atual Minhas noras,minhas amigas,minhas primas distantes e minha unica prima irmã.
Minha admiração é imensa,cheia de amor e carinho.
O amor e carinho que sinto agora neste momento pela mais nova mulher que se aproxima:minha neta!
Herdará com certeza as côres,gestos e atitudes do universo de todas as mulheres do Ontem e do Hoje vivendo a responsabilidade das mulheres do Amanhã.
Será linda!Como todas as mulheres!
Minha admiração fica aqui Á vocês amigas,noras e primas
O dia começa e dele faremos uma celebração!
Todos já conhecem a velha história deste dia, onde um incendio provocado por um empresário destruiu sua fabrica,onde muitas mulheres morreram em consequencia da inconsequencia deste ato.Assim nasceu este dia.
Homenagem à mulher que vai à luta,ao trabalho,assume a vida como ela se apresenta.
Nossa ideia sobre mulheres é sempre ligada á feminilidade,à vaidade,aos sonhos,ao romantismo.Muitas vezes esquecemos de que nossas heroinas não tinham muito tempo para pensar nisso,mas sem abandonar a feminilidade fizeram na Historia do Mundo a diferença.Elas governavam sem aparecer, como Josefina com Napoleão se dedicavam á ciencia como Mme Curie,se sobressaiam nas artes como Camile Claudel com seu famoso Rodin
Elas ultrapassavam os limites que eram impostos á mulher.Na literatura.Chegamos à ver
absurdos como George Sand que foi obrigada à se vestir com trajes masculinos desde pequena,para assumir uma conduta viril,imposta pela sociedade da época.Lutou contra a autoridade masculina para liberar as mulheres e assegurar a liberdade de seus corpos e seus sentimentos.
Muito se tem dito desta força que vem da mulher apesar de sua fragilidade.
Sim, a mulher é frágil e talvez por isso vemos nos quadros Nossa Senhora com um aspecto doce,sem lembrar que foi guerreira o bastante para assumir sua história e viver os maiores conflitos.Desde a sua visita à Isabel,sòzinha ,léguas de distancia com um burrinho como transporte.Uma pioneira,com autoridade suficiente para dar ordem à Jesus que transformasse a agua em vinho.Assim começou os milagres do Filho De Deus.
O inicio de todas as idéias são gestadas e geradas e dar à luz significa fazer delas realidade.Fazer a realidade se perpetuar,o mundo continuar,foi um presente dado à mulher.Dar a luz.
Prosseguir.
Das mais humildes às mais poderosas,de todas as raças e ideologias a mulher pode liderar.Do simples mundo familiar aos diversos mundos onde se direcionam.
Ser lider é mandar com amor.Ser ditador é impor.
Portanto nossas mulheres modernas com o poder nas mãos precisam se valer da origem feminina antes de qualquer decisão, pois é ela o amor com A maiusculo.
Na minha vida muitas passaram com esse A maisculo.Minhas avós, tias, primas,amigas que se foram com minha mãe.Muitas mulheres fazem parte do meu mundo atual Minhas noras,minhas amigas,minhas primas distantes e minha unica prima irmã.
Minha admiração é imensa,cheia de amor e carinho.
O amor e carinho que sinto agora neste momento pela mais nova mulher que se aproxima:minha neta!
Herdará com certeza as côres,gestos e atitudes do universo de todas as mulheres do Ontem e do Hoje vivendo a responsabilidade das mulheres do Amanhã.
Será linda!Como todas as mulheres!
Minha admiração fica aqui Á vocês amigas,noras e primas
O dia começa e dele faremos uma celebração!
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Parabens São Paulo
embro hoje do aniversário de 400anos de minha cidade.Era menina ainda e junto com meu primo festejamos vários dias.Me recordo de papai me levando nas ruas do Morro dos Ingleses,onde se via os fogos e jogavamos papel brilhante.Era um tempo onde minha cidade podia se orgulhar de um modo de vida bastante cosmopolita.
Adoravel Avenida Paulista onde estudei, as mansões se misturavam na história, nos ensinando um pouco da influencia que herdara na arquitetura europeia.
Hoje,temos a mesma avenida com muita gente apressada para os escritórios, dos casaroes sobraram dois ou três.
Minha escola ficava bem em frente do São Luiz e um guarda nos atravessava todos os dias:Sr.Alexandre,nos conhecia,sabia nossos nomes,apitava e sorria.
Muito tempo depois conheci um amigo,que fazia o inverso.Estudava no São Luiz e por muita coincidencia lembrava de nosso guarda.
Ao lado ficava Mme.Rosita.
A Augusta era maravilhosa,cheia de lojas elegantes e onde me deliciava comprando meus sapatos na Durá.S.Paco já me conhecia e minhas sapatilhas de hoje talvez sejam a saudade daquelas que ele fazia.
Tomavamos lanche na Yara .
Minha memória traz reflexos desses tempos,com o bonde da Avenida Angelica que amava!
O da Pamplona que me levava á casa de meu primo no Jardim América.Sexta-feira lá estava minha avó no pátio me esperando e juntas iamos de bonde pela Pamplona.Nos reuniamos na casa de amigos e as festas improvisadas tinham aquele sabor de amizade.
Amizades que trago comigo como jóias na caixinha.Ninguem pode duvidar de "amigas para Sempre'.Era assim que se vivia na minha infancia, na minha adolescencia na cidade que foi engordando, crescendo sem rumo certo,abraçando muitos que foram chegando.Tinhamos o conforto das grandes cidades sem muitos inconvinientes.
São Paulo,cheia de surpresas vai acolhendo à cada dia.E com isso encolhendo a qualidade de vida.
Não vemos mais os guardas risonhos é claro,pois os que nos ajudam estão irritados com o transito,com a desobediencia.
As festas mudaram .As familias já vivem mais em apartamentos,pela segurança.
Mas, quando passo pela Avenida Brasil ainda me emociono como uma criança com suas casas transformadas em grandes clinicas.Meu coração ainda bate por essas ruas que foram modificadas,pela saudades dos bondes com seu ruido pelos trilhos.
Fomos todos obrigados á aceitar essa nova face por amor ao nosso espirito paulistano.
Vem das Bandeiras essa garra?
Dos bandeirantes que mudos observam eternizados no Obelisco na frente do Ibirapuera.
Reflexo de grandes artistas,escultores,pintores que retrataram tão bem nosso amanhecer, nosso entardecer.
Fica assim o sonho de uma menina ,que quando adulta ao entrar em varios lugares de outras cidades é chamada:Ei Paulista!!
Adoravel Avenida Paulista onde estudei, as mansões se misturavam na história, nos ensinando um pouco da influencia que herdara na arquitetura europeia.
Hoje,temos a mesma avenida com muita gente apressada para os escritórios, dos casaroes sobraram dois ou três.
Minha escola ficava bem em frente do São Luiz e um guarda nos atravessava todos os dias:Sr.Alexandre,nos conhecia,sabia nossos nomes,apitava e sorria.
Muito tempo depois conheci um amigo,que fazia o inverso.Estudava no São Luiz e por muita coincidencia lembrava de nosso guarda.
Ao lado ficava Mme.Rosita.
A Augusta era maravilhosa,cheia de lojas elegantes e onde me deliciava comprando meus sapatos na Durá.S.Paco já me conhecia e minhas sapatilhas de hoje talvez sejam a saudade daquelas que ele fazia.
Tomavamos lanche na Yara .
Minha memória traz reflexos desses tempos,com o bonde da Avenida Angelica que amava!
O da Pamplona que me levava á casa de meu primo no Jardim América.Sexta-feira lá estava minha avó no pátio me esperando e juntas iamos de bonde pela Pamplona.Nos reuniamos na casa de amigos e as festas improvisadas tinham aquele sabor de amizade.
Amizades que trago comigo como jóias na caixinha.Ninguem pode duvidar de "amigas para Sempre'.Era assim que se vivia na minha infancia, na minha adolescencia na cidade que foi engordando, crescendo sem rumo certo,abraçando muitos que foram chegando.Tinhamos o conforto das grandes cidades sem muitos inconvinientes.
São Paulo,cheia de surpresas vai acolhendo à cada dia.E com isso encolhendo a qualidade de vida.
Não vemos mais os guardas risonhos é claro,pois os que nos ajudam estão irritados com o transito,com a desobediencia.
As festas mudaram .As familias já vivem mais em apartamentos,pela segurança.
Mas, quando passo pela Avenida Brasil ainda me emociono como uma criança com suas casas transformadas em grandes clinicas.Meu coração ainda bate por essas ruas que foram modificadas,pela saudades dos bondes com seu ruido pelos trilhos.
Fomos todos obrigados á aceitar essa nova face por amor ao nosso espirito paulistano.
Vem das Bandeiras essa garra?
Dos bandeirantes que mudos observam eternizados no Obelisco na frente do Ibirapuera.
Reflexo de grandes artistas,escultores,pintores que retrataram tão bem nosso amanhecer, nosso entardecer.
Fica assim o sonho de uma menina ,que quando adulta ao entrar em varios lugares de outras cidades é chamada:Ei Paulista!!
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Tempo de Celebrar
Hoje amanheceu com uma chuva insistente igual à que castigava meu jardim há 13 anos atraz.Não era um dia comum, era o casamento de meu filho Ricardo e minha nora Fabiola.
Assim estava na vespera.O fato impressionante que a noite toda escutava a agua caindo e o jardim esperava 350 convidados,que mais tarde se tornaram 400 ou mais.
Minhas orações ao Santo Padroeiro da capela, Santo Expedito eram insistentes como a agua que escutava tamborilar no chão.
De manhã, bem cedo,descalça arrumava na mesa ao lado do toldo branco as flores de"copo de leite".Eram para dar de lembrança.A lama cobria a grama e os céus tinham poucas horas para secar tudo e deixar com a aparencia que sonhei.Meu florista dava os ultimos toques nos arranjos de anturios gigantes no caminho da capela e as tupiaras de laranjinhas,que havia guardado no freezer 3meses já estavam no centro das mesas com suas toalhas de renda branca e fundo amarelo.O mesmo amarelo que formava a ala de entrada para os noivos com o trole que papai um dia me presenteou.Os bambus verde e amarelo seguravam a fita larga de gorgurão e no topo um
girassol que pintei da mesma cor,abrigava o arroz para os convidados jogarem.Era um caminho largo e do lado de lá as primaveras.
Tempos depois devido ao terreno molhado eles nasceram à esmo, para todos os lados tal qual as bençãos do Criador.Germinaram como sonhos dispersos em busca de espaço.
Como por milagre a orquestra começou á tocar e na ladeira onde passei tantas vezes com meus filhos pequenos,entrava o mais velho sorrindo com sua linda noiva,a mesma que um dia vi pequena, na igreja Matriz.Os convidados jogavam arroz e batiam palmas.
O cavalo que os conduzia era o branco e velho amigo que nos levou pão por muitos anos.Uma cena de filme!O trole escuro com almofadas amarelas e nas laterais gerberas coloridas do laranja ao rosa.O céu nos deu tregua e a festa começou.
Ouço ainda o som das risadas,da musica.Vejo as mesas e minha tia com meu tio e primos
Ainda me emociona Dr.Thiessen tirando mamãe para dançar e lhe servindo o prato.Minhas amigas queridas!A daminha !
Me admiro da força que Deus me deu ao ler uma poesia que escrevi dedicada aos noivos.
Hoje é tempo de celebrar,que nesta atmosfera de encanto começamos uma fase.
Uma historia para ser contada onde a chuva teimava em cair,mas se emocinou e parou.
E neste hiato fez a grande magia dos sonhos que se realizam.
Tal qual o texto de ontem.A ideia se concretiza.
A capela com seu sino antigo tocando era testemunha dos jovens assinando seu compromisso.E lá no meio dos anturios vermelhos desceram eles no meio dos amigos jogando bolinhas de sabão.O tapete branco foi ondulando aos passos dados.
Inesquecivel momento!
E com as capelinhas de plastico nas mãos, todos desejaram felicidades ao novo par.
Um par que estava á começar!
Não era Hyde Park,era meu jardim!
Aquele que plantei muda por muda sem nunca desistir.Quando uma planta não gostava eu a mudava.
Lá está ele,palco de muitas historias,imagens,vitorias e sons!
Decerto hoje ele está em festa e os pássaros cantarão nos galhos da velha mangueira.
Os tucanos estarão pousando no eucalipto.E o barulho da chuva caindo só será interrompido pelo
Bem-te-vi!
Assim estava na vespera.O fato impressionante que a noite toda escutava a agua caindo e o jardim esperava 350 convidados,que mais tarde se tornaram 400 ou mais.
Minhas orações ao Santo Padroeiro da capela, Santo Expedito eram insistentes como a agua que escutava tamborilar no chão.
De manhã, bem cedo,descalça arrumava na mesa ao lado do toldo branco as flores de"copo de leite".Eram para dar de lembrança.A lama cobria a grama e os céus tinham poucas horas para secar tudo e deixar com a aparencia que sonhei.Meu florista dava os ultimos toques nos arranjos de anturios gigantes no caminho da capela e as tupiaras de laranjinhas,que havia guardado no freezer 3meses já estavam no centro das mesas com suas toalhas de renda branca e fundo amarelo.O mesmo amarelo que formava a ala de entrada para os noivos com o trole que papai um dia me presenteou.Os bambus verde e amarelo seguravam a fita larga de gorgurão e no topo um
girassol que pintei da mesma cor,abrigava o arroz para os convidados jogarem.Era um caminho largo e do lado de lá as primaveras.
Tempos depois devido ao terreno molhado eles nasceram à esmo, para todos os lados tal qual as bençãos do Criador.Germinaram como sonhos dispersos em busca de espaço.
Como por milagre a orquestra começou á tocar e na ladeira onde passei tantas vezes com meus filhos pequenos,entrava o mais velho sorrindo com sua linda noiva,a mesma que um dia vi pequena, na igreja Matriz.Os convidados jogavam arroz e batiam palmas.
O cavalo que os conduzia era o branco e velho amigo que nos levou pão por muitos anos.Uma cena de filme!O trole escuro com almofadas amarelas e nas laterais gerberas coloridas do laranja ao rosa.O céu nos deu tregua e a festa começou.
Ouço ainda o som das risadas,da musica.Vejo as mesas e minha tia com meu tio e primos
Ainda me emociona Dr.Thiessen tirando mamãe para dançar e lhe servindo o prato.Minhas amigas queridas!A daminha !
Me admiro da força que Deus me deu ao ler uma poesia que escrevi dedicada aos noivos.
Hoje é tempo de celebrar,que nesta atmosfera de encanto começamos uma fase.
Uma historia para ser contada onde a chuva teimava em cair,mas se emocinou e parou.
E neste hiato fez a grande magia dos sonhos que se realizam.
Tal qual o texto de ontem.A ideia se concretiza.
A capela com seu sino antigo tocando era testemunha dos jovens assinando seu compromisso.E lá no meio dos anturios vermelhos desceram eles no meio dos amigos jogando bolinhas de sabão.O tapete branco foi ondulando aos passos dados.
Inesquecivel momento!
E com as capelinhas de plastico nas mãos, todos desejaram felicidades ao novo par.
Um par que estava á começar!
Não era Hyde Park,era meu jardim!
Aquele que plantei muda por muda sem nunca desistir.Quando uma planta não gostava eu a mudava.
Lá está ele,palco de muitas historias,imagens,vitorias e sons!
Decerto hoje ele está em festa e os pássaros cantarão nos galhos da velha mangueira.
Os tucanos estarão pousando no eucalipto.E o barulho da chuva caindo só será interrompido pelo
Bem-te-vi!
domingo, 16 de janeiro de 2011
Diana's Day and Me
A ultima Bazaar traz um artigo interessante que me emocionou.
O relato da Dama de Honra da princesa Diana.Ela esteve sempre no meu pensamento com aquele sorriso ingenuo, olhar esquivo de quem evita ser descoberto por completo.
Na mesma revista,um artigo sobre Kate Middleton a futura nova princesa comparando a elegancia de uma e de outra.
Voltei pois no tunel do tempo.Me vejo na chacara com os filhos de 10 e gemeos de 7 .
Minha avó Gertrudes sentada comigo na frente da TV e as duas empolgadissimas com o casamento Real.Olhava com emoção aquele cortejo com Diana lindissima no seu vestido de seda.As ruas cheias de pessoas acenando,um pais comovido diante do evento mais importante para a historia britanica.
Meu desejo era estar lá com eles.Desejo de menina, sem a menor possibilidade.
Gravava na memoria todas as cenas que a televisão focava.
Guardo até hoje a revista desses momentos.
Dizem que nossos desejos se realizam sempre.A frase :Cuidado com seus desejos,eles se realizam!
O livro O Segredo afirma tambem!
Pois este 29 de Julho ficou gravado lá no fundo...
Adorava ver noticias de Diana e quando ela se foi, fiquei inconsolavel.
Era uma figura doce que aliviava aquela rigida postura da familia real.
Encontrar o amor e a felicidade novamente era o minimo que a vida lhe devia.
Sua Dama de Honra India Hicks descreve com encantamento o momento em que Diana, já pronta para a cerimonia aparece no topo da escada.Sua luz natural irradiando a alegria de se tornar uma princesa famosa e com esperanças de um magnifico trajeto.
Maior que o trajeto que percorreu pelas velhas ruas de Londres na carruagem historica!
Um caminho onde tentou incluir o seu modo de ser,sua simplicidade, sua elegancia de estar, ser, viver.Não a elegancia que fazem comparação com Kate ,sua nora.Vestido, bolsa,chapeu.A elegancia de Ser.Uma princesa desde que nasceu!
Mas, um dia o destino me pregou uma peça e no meio da minha caminhada , de presente me levou aos mesmos lugares onde um dia , mais jovem sonhei sem saber porque.Era uma espectadora diante de uma velha TV,no meio de uma sala, na chacara.
Foi assim o Universo tramando,entrelaçando...
Percorri o trajeto da carruagem e as lágrimas deslizaram com carinho em frente ao portão cheio de flôres,onde coloquei as minhas.Ali estava eu na entrada principal do palacio.
Lembro que fiquei muito perto de Kesington Palace,bem na frente do Parque.
Era um tempo onde delicadamente a vida me deu a oportunidade de realizar atravez de muitos fatos um sonho que parecia perdido .Mas estava apenas adormecido.
E como sua dama de honra conta seus passos na Catedral,sua marcha ritmada para não pisar no véu,não muito rápida,nem muito lenta,assim fiz a minha .
Depois de 118 anos a historia via um casamento de um Principe Britanico.
O Hyde Park estava repleto de pessoas desejando felicidades.
Muito tempo se passou e leio agora ,recordando cada detalhe.
No final, a menina, hoje uma mulher,India Hicks se emociona ao descrever a lembrança de Diana às suas Damas De Honra.Uma caixa de porcelana dourada com dois casulos de bicho da seda,do seu vestido de noiva.
E assim,voltei no tempo e me vi distribuindo casulos de bicho da seda na minha Exposição na Galeria Romero Britto!Das sedas que pintei flores e estavam representando os jardins de minha vida!Metros e metros cheios de radiante alegria!
Será que alguma era de Kesington?De Hyde Park?
Eram muitas que cresceram, depois daquele dia,na minha chacara, a mesma que floresceu de desejos que se realizam!
O relato da Dama de Honra da princesa Diana.Ela esteve sempre no meu pensamento com aquele sorriso ingenuo, olhar esquivo de quem evita ser descoberto por completo.
Na mesma revista,um artigo sobre Kate Middleton a futura nova princesa comparando a elegancia de uma e de outra.
Voltei pois no tunel do tempo.Me vejo na chacara com os filhos de 10 e gemeos de 7 .
Minha avó Gertrudes sentada comigo na frente da TV e as duas empolgadissimas com o casamento Real.Olhava com emoção aquele cortejo com Diana lindissima no seu vestido de seda.As ruas cheias de pessoas acenando,um pais comovido diante do evento mais importante para a historia britanica.
Meu desejo era estar lá com eles.Desejo de menina, sem a menor possibilidade.
Gravava na memoria todas as cenas que a televisão focava.
Guardo até hoje a revista desses momentos.
Dizem que nossos desejos se realizam sempre.A frase :Cuidado com seus desejos,eles se realizam!
O livro O Segredo afirma tambem!
Pois este 29 de Julho ficou gravado lá no fundo...
Adorava ver noticias de Diana e quando ela se foi, fiquei inconsolavel.
Era uma figura doce que aliviava aquela rigida postura da familia real.
Encontrar o amor e a felicidade novamente era o minimo que a vida lhe devia.
Sua Dama de Honra India Hicks descreve com encantamento o momento em que Diana, já pronta para a cerimonia aparece no topo da escada.Sua luz natural irradiando a alegria de se tornar uma princesa famosa e com esperanças de um magnifico trajeto.
Maior que o trajeto que percorreu pelas velhas ruas de Londres na carruagem historica!
Um caminho onde tentou incluir o seu modo de ser,sua simplicidade, sua elegancia de estar, ser, viver.Não a elegancia que fazem comparação com Kate ,sua nora.Vestido, bolsa,chapeu.A elegancia de Ser.Uma princesa desde que nasceu!
Mas, um dia o destino me pregou uma peça e no meio da minha caminhada , de presente me levou aos mesmos lugares onde um dia , mais jovem sonhei sem saber porque.Era uma espectadora diante de uma velha TV,no meio de uma sala, na chacara.
Foi assim o Universo tramando,entrelaçando...
Percorri o trajeto da carruagem e as lágrimas deslizaram com carinho em frente ao portão cheio de flôres,onde coloquei as minhas.Ali estava eu na entrada principal do palacio.
Lembro que fiquei muito perto de Kesington Palace,bem na frente do Parque.
Era um tempo onde delicadamente a vida me deu a oportunidade de realizar atravez de muitos fatos um sonho que parecia perdido .Mas estava apenas adormecido.
E como sua dama de honra conta seus passos na Catedral,sua marcha ritmada para não pisar no véu,não muito rápida,nem muito lenta,assim fiz a minha .
Depois de 118 anos a historia via um casamento de um Principe Britanico.
O Hyde Park estava repleto de pessoas desejando felicidades.
Muito tempo se passou e leio agora ,recordando cada detalhe.
No final, a menina, hoje uma mulher,India Hicks se emociona ao descrever a lembrança de Diana às suas Damas De Honra.Uma caixa de porcelana dourada com dois casulos de bicho da seda,do seu vestido de noiva.
E assim,voltei no tempo e me vi distribuindo casulos de bicho da seda na minha Exposição na Galeria Romero Britto!Das sedas que pintei flores e estavam representando os jardins de minha vida!Metros e metros cheios de radiante alegria!
Será que alguma era de Kesington?De Hyde Park?
Eram muitas que cresceram, depois daquele dia,na minha chacara, a mesma que floresceu de desejos que se realizam!
domingo, 9 de janeiro de 2011
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