segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tempo de Celebrar

Hoje amanheceu com uma chuva insistente igual à que castigava meu jardim há 13 anos atraz.Não era um dia comum, era o casamento de meu filho Ricardo e minha nora Fabiola.
Assim estava na vespera.O fato impressionante que a noite toda escutava a agua caindo e o jardim esperava 350 convidados,que mais tarde se tornaram 400 ou mais.
Minhas orações ao Santo Padroeiro da capela, Santo Expedito eram insistentes como a agua que escutava tamborilar no chão.
De manhã, bem cedo,descalça arrumava na mesa ao lado do toldo branco as flores de"copo de leite".Eram para dar de lembrança.A lama cobria a grama e os céus tinham poucas horas para secar tudo e deixar com a aparencia que sonhei.Meu florista dava os ultimos toques nos arranjos de anturios gigantes no caminho da capela e as tupiaras de laranjinhas,que havia guardado no freezer 3meses já estavam no centro das mesas com suas toalhas de renda branca e fundo amarelo.O mesmo amarelo que formava a ala de entrada para os noivos com o trole que papai um dia me presenteou.Os bambus verde e amarelo seguravam a fita larga de gorgurão e no topo um
girassol que pintei da mesma cor,abrigava o arroz para os convidados jogarem.Era um caminho largo e do lado de lá as primaveras.
Tempos depois devido ao terreno molhado eles nasceram à esmo, para todos os lados tal qual as bençãos do Criador.Germinaram como sonhos dispersos em busca de espaço.
Como por milagre a orquestra começou á tocar e na ladeira onde passei tantas vezes com meus filhos pequenos,entrava o mais velho sorrindo com sua linda noiva,a mesma que um dia vi pequena, na igreja Matriz.Os convidados jogavam arroz e batiam palmas.
O cavalo que os conduzia era o branco e velho amigo que nos levou pão por muitos anos.Uma cena de filme!O trole escuro com almofadas amarelas e nas laterais gerberas coloridas do laranja ao rosa.O céu nos deu tregua e a festa começou.
Ouço ainda o som das risadas,da musica.Vejo as mesas e minha tia com meu tio e primos
Ainda me emociona Dr.Thiessen tirando mamãe para dançar e lhe servindo o prato.Minhas amigas queridas!A daminha !
Me admiro da força que Deus me deu ao ler uma poesia que escrevi dedicada aos noivos.
Hoje é tempo de celebrar,que nesta atmosfera de encanto começamos uma fase.
Uma historia para ser contada onde a chuva teimava em cair,mas se emocinou e parou.
E neste hiato fez a grande magia dos sonhos que se realizam.
Tal qual o texto de ontem.A ideia se concretiza.
A capela com seu sino antigo tocando era testemunha dos jovens assinando seu compromisso.E lá no meio dos anturios vermelhos desceram eles no meio dos amigos jogando bolinhas de sabão.O tapete branco foi ondulando aos passos dados.
Inesquecivel momento!
E com as capelinhas de plastico nas mãos, todos desejaram felicidades ao novo par.
Um par que estava á começar!
Não era Hyde Park,era meu jardim!
Aquele que plantei muda por muda sem nunca desistir.Quando uma planta não gostava eu a mudava.
Lá está ele,palco de muitas historias,imagens,vitorias e sons!
Decerto hoje ele está em festa e os pássaros cantarão nos galhos da velha mangueira.
Os tucanos estarão pousando no eucalipto.E o barulho da chuva caindo só será interrompido pelo
Bem-te-vi!

Nenhum comentário:

Postar um comentário