sábado, 18 de agosto de 2012

Um Divã Para Dois

O filme Um Divã para Dois estreou esta sexta e a fantastica atriz Maryl Streep dá um show de interpretação com seus olhos, seu semblante cheio de significados, seus gestos como uma tipica esposa decepcionada, porém determinada.Uma mulher madura que se questiona.Que anseia por um conteudo mais amoroso,de compartilhamento e reciprocidade.
Já vi este filme pensei, mas o final não era o mesmo.
 Filhos casados e de repente a descoberta que estava anos luz de distancia de seu marido.
A mulher timida que parecia ter perdido a feminilidade,a sensualidade no meio da jornada ao criar uma familia.Esquecido de si mesma.De seus desejos.
Aquela que prepara as refeições com um sorriso,querendo agradar e nunca recebe uma palavra de elogio.A mesma que tenta entrar por diferentes portas para ver se encontra o mundo oculto do companheiro.A leal,a amiga, que faz o jogo do contente.Um dia ela desperta e percebe o silencio.
O silencio de uma solidão,de uma falta de ternura,de aconchego.
Assim o filme vai se desenrolando nas tentativas de um asserto.
Me pergunto quem estaria certa?A que Meryl interpreta e nos traz um Happy End bem americano,ou a outra que fez o final diferente?
Sim, a coragem mora em qual delas?
Na que virou a mesa, cortou seus cabelos,emagreceu,fez novos amigos,vestiu novas roupas,inovou,procurou um mundo onde era ela mesma?
Talvez na escalada mais dificil de sua caminhada tenha deslizado ,tropeçado mas encontrou com certeza algo especial.Que ela era capaz!Reafirmou sua confiança como um SER.
Um espaço, um amor ,um abraço,uma risada sem dor.
Mas Kay ,no filme, só ameaça uma fuga.Ameaças são sempre o desatino de quem quer ser desacreditado um dia.Falar e não agir faz e traz um sentimento covarde e inutil.
Como poderemos olhar no espelho e ver que além do tempo que passou, as rugas, não são só aquelas que vemos, mas em especial as escondidas?.As cicatrizes de feridas que só o coração conhece.
Na verdade Arnold tem muitas falhas na sua rude expressão e muitas vontades não satisfeitas.Ela na sua ingenuidade fica perplexa do oculto que encobre aquela pessoa tão áspera.Fica sem ação,sentindo-se incompetente.
Um filme de um casal que faz 30 anos de casados com todos os sinais que para tudo há um prazo de validade.Uma história que poderia ser  de muitos.Singela,com cenas de pudor exagerado,mas a realidade de alguns.
Um fim previsivel para certos padrões certinhos.
Acredito que o outro filme que assisti era mais emocionante!
Uma real mudança de vida aos 30 anos de casamento,reinventando cada passo,seguindo metas,mudando conceitos e sempre em busca do novo.
A certeza que o brilho permanece dentro de nós se não entrarmos nas sombras dos outros.
Uma luz que pertence à todos chamada:Direito de ser Feliz!
Essa luz que rodará um outro filme sem interpretes famosos.
A de nossas vidas!!

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