O velho carrinho de feira fica alí pendurado, atraz da máquina de lavar roupa.
Ele está aposentado.Cansado de muito esforço,envelhecido pelas horas de trabalho,desgastado nas rodas que já rodaram muito.
Te-lo é como ter um enfeite. Não propriamente uma antiguidade, mas com certeza um velho amigo.
Com ele consegui proezas em ruas apinhadas de gente do meu antigo bairro, onde pelas bancas de frutas e verduras ia parando e colocando até não poder mais.Pagava com cheque e comprava tanto que somava uma barraca com a outra para facilitar.Lembro de cada feirante,meus velhos conhecidos e um deles admirava minha caneta Cartier,que uso até hoje.Ficou marcado na minha mente:Que linda sua canetinha!
Ele tinha bom gosto!No final, passava na banca de pastéis e comprava já para fritar em casa,pois logo os meninos chegariam com muita fome do colégio.
Este meu velho amigo, o carrinho, voltou à ser procurado por muitos.Como solução pós moderna.
Na TV só se fala das sacolinhas,com desprezo total.
Fiquei curiosa e fui à um supermercado diferente.Não o que uso sempre.Minha surpresa!Lá estava o saquinho por 0,19 centavos!
Então existem !E a conversa é pelo meio ambiente ,como outras tantas conversas no nosso país.
Em Luxemburgo as sacolas eram de pano mesmo!
Qual a idéia educacional que podemos passar como dizem as propagandas à respeito?
De tibieza!Sou ou não Sou?Gosto ou não?Uso e pago ou ignoro ?Faço pequenas compras?Esqueci a sacola em casa?
Se temos uma linha de conduta para mudança, seja ela no saquinho ou na vida, precisamos ter firmeza!Várias opções ou multiplas escolhas só podem deixar os incertos mais incertos.Os indecisos mais confusos.
Para mim, o carrinho continua lá!Quieto, aposentado!Temos que progredir e não andar para traz!
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