CERVANTINOS

Na minha rota, como falo sempre, esteve o Miguel de Cervantes.Tempos bons, onde a criançada feliz se encontava e meus tres filhos subiam a rampa com a mochila nas costas.Era preciso subir aquela primeira rampa!Muitas viriam depois.
Continuaram amigos de seus colegas de classe e um dia os recebi na chacara.Fiz um texto para eles saberem da minha emoção.Adultos já!


Ainda ouço o gorjear da ninhada que se dispersou do ninho.Seu canto melodioso irradiava alegria,amor e muita harmonia.
Eram varios tipos de pássaros que se uniram numa só ninhada.
Faziam parte dos ninhos feitos com carinho em uma arvore frondosa plantada no alto da colina.
Eu chamo esta arvore de Miguelito.
Miguelito,pois abrigava muitos ninhos,onde os pássaros em pequenos grupos todos vizinhos, eram Cervantinos.
Quando pequenos, eram voadores timidos,mas no seu desenvolver a vida os fez maiores do que nunca imaginei.E foi assim que se dispersaram e a árvore Miguelito abandonaram.Entre suas revoadas,noitadas,tempestades,nas horas de aperto houve acertos.
Nas caminhadas encontraram namoradas,para novas circuladas.Prestes à começarem seus ninhos novamente,os pequenos pássaros vieram à sombra de minha mangueira centenária se energizar e se refrescar.O cantar era tão sonoro que os ouço até agora,dentro e fora,na casa, no coração como eterna canção.
Brincavam felizes como antigamente à sombra de Miguelito!Só que o que era antes um formara agora um par à se amar.E neste modo de pensar voaram juntos para brincar.
Emprestei minha mangueira para cada um na sua sombra se aconchegar.
Minha alma ficou feliz ao ouvi-los cantar.Na tarde onde o sol no poente deixava sua luz dourada percebi que eram eles que ao partir seu reflexo espalhavam.
Lá se foram os pássaros contentes.Voando novamente para um dia voltar è me visitar...

Este texto de 2002,foi recebido com carinho pelos Cervantinos e Luis escreveu:
Se me disserem que homem não chora...
Um dia escreverei a carta dele!
Hoje ele e outros ,inclusive meu filho Andre são pais.Parabens!Vamos fazer o encontro outa vez!
Mas o texto mostra como é bom rever pessoas, abraça-las e permanecer em suas vidas.
Isto é o que pretendo no minha casa da chacara!